Fruto permanente

 videiraJoão 15:2–16

Toda vara em mim que não dá fru­to, ele a cor­ta; e toda vara que dá fru­to, ele a limpa, para que dê mais fruto.” 

Questão
Qual á car­ac­terís­ti­ca do fru­to dese­ja­do pelo Lavrador?

Exam­i­nan­do tex­to e contexto
O vocábu­lo grego “kar­pos – fru­to”  aparece neste tre­cho oito vezes: vv. 2, 4, 5, 8, 16. Vamos exam­i­nar out­ras pas­sagens da Bíblia com o mes­mo vocábu­lo para definir o seu sig­nifi­ca­do correcto:

Lc 3:8–11 – Dizia, pois, João à mul­ti­dão que saía para ser bap­ti­za­da por ele: Raça de víb­o­ras, quem vos ensi­nou a fugir da ira que está para vir?  Pro­duzi, pois, fru­tos dig­nos de arrependi­men­to, e não come­ceis a diz­er em vós mes­mos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus sus­ci­tar fil­hos a Abraão. E tam­bém já está pos­to o macha­do à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fru­to, cor­ta-se e lança-se no fogo.

Con­ferir com Mt 3:10 e 7.19, Rm 11:22–24, onde o ver­bo cor­tar é ‘ekkop­to’, e não ‘airo’ como em João 15.

Jo 6:37  “Todo o que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim de maneira nen­hu­ma o lançarei fora”, prom­ete o Senhor.

A ausên­cia de bom fru­to é referi­da por Paulo aos Gálatas como as obras da natureza car­nal de quem não assim­i­la o ali­men­to da sei­va espir­i­tu­al, de Cristo.

Lc 3:10–14 “E a mul­ti­dão o inter­ro­ga­va, dizen­do: Que fare­mos, pois? E, respon­den­do ele, disse-lhes: Quem tiv­er duas túni­cas, repar­ta com o que não tem, e quem tiv­er ali­men­tos, faça da mes­ma maneira. E chegaram tam­bém uns pub­li­canos, para serem bap­ti­za­dos, e dis­ser­am-lhe: Mestre, que deve­mos faz­er? E ele lhes disse: Não peçais mais do que o que vos está orde­na­do. E uns sol­da­dos o inter­rog­a­ram tam­bém, dizen­do: E nós que fare­mos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal nem defraudeis, e con­tentai-vos com o vos­so soldo.”

Este é o fru­to que, primeira­mente, os cristãos têm de man­i­fes­tar como pro­va de arrependi­men­to sincero.

Lc 6:43–45 “Porque não há boa árvore que dê mau fru­to, nem má árvore que dê bom fru­to. Porque cada árvore se con­hece pelo seu próprio fru­to; pois não se col­hem figos dos espin­heiros, nem se vin­di­mam uvas dos abrol­hos. E por que me chamais, Sen­hor, Sen­hor, e não fazeis o que eu digo?”

Mt 7:17–21 “Assim, toda a árvore boa pro­duz bons fru­tos, e toda a árvore má pro­duz fru­tos maus. Não pode a árvore boa dar maus fru­tos; nem a árvore má dar fru­tos bons.  Toda a árvore que não dá bom fru­to cor­ta-se e lança-se no fogo. Por­tan­to, pelos seus fru­tos os con­hecereis. Nem todo o que me diz: Sen­hor, Sen­hor! entrará no reino dos céus, mas aque­le que faz a von­tade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naque­le dia: Sen­hor, Sen­hor, não pro­fe­ti­zamos nós em teu nome? e em teu nome não expul­samos demónios? e em teu nome não fize­mos muitas mar­avil­has? E então lhes direi aber­ta­mente: Nun­ca vos con­heci; apartai-vos de mim, vós que prat­i­cais a iniquidade.”

Aque­le tre­cho ref­ere-se à vida moral. Sem Cristo e sem o seu Espíri­to, não pode haver bom fru­to, então fica reser­va­do para o fogo. O ver­bo cor­tar, no ver­so dezanove, é mes­mo cor­tar a árvore, no últi­mo dia, enquan­to o ver­bo usa­do em João 15 é out­ro e sig­nifi­ca erguer, içar, lev­an­tar, referindo-se àquele que está nele, para que ten­ha pos­si­bil­i­dade de dar fruto.

Rm 1:20–22 “Porque, quan­do éreis ser­vos do peca­do, estáveis livres da justiça.  E que fru­to tín­heis então das coisas de que ago­ra vos enver­gonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas ago­ra, lib­er­ta­dos do peca­do, e feitos ser­vos de Deus, ten­des o vos­so fru­to para san­tifi­cação, e por fim a vida eterna.”

Gl 5:22 “Porque as obras da carne são man­i­fes­tas, as quais são: adultério, pros­ti­tu­ição, impureza, lascívia, idol­a­tria, feitiçaria, ini­mizades, por­fias, emu­lações, iras, pele­jas, dis­sensões, here­sias, Inve­jas, homicí­dios, bebe­dices, glu­tonar­ias, e coisas semel­hantes a estas, acer­ca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que come­tem tais coisas não her­darão o reino de Deus. Mas o fru­to do Espíri­to é: amor, gozo, paz, lon­ga­n­im­i­dade, benig­nidade, bon­dade, fé, man­sid­ão, temperança.”

Em Gálatas encon­tramos um fru­to desagradáv­el e out­ro agradáv­el, cujos fru­tos dis­tinguem as árvores como boas ou más. Ou esta­mos em Cristo, ou não esta­mos em Cristo. Não existe meio termo.

Ef 5:8–10 “Porque noutro tem­po éreis trevas, mas ago­ra sois luz no Sen­hor; andai como fil­hos da luz, (porque o fru­to do Espíri­to está em toda a bon­dade, e justiça e ver­dade) aprovan­do o que é agradáv­el ao Senhor.”

Fl 1:9–11 “E peço isto: que o vos­so amor cresça mais e mais em ciên­cia e em todo o con­hec­i­men­to, para que aproveis as coisas exce­lentes, para que sejais sin­ceros, e sem escân­da­lo algum até ao dia de Cristo; Cheios do fru­to de justiça, que é por Jesus Cristo, para glória e lou­vor de Deus. Com­parar com Rm 14:17,18.

Con­clusão
A sei­va que ali­men­ta a videira pro­duz fru­to agradáv­el para lou­vor do Lavrador. O bom fru­to atrai as pes­soas e, tomando‑o, recebem a vida de Cristo. Esse é o fru­to que deve per­manecer. Porque o reino de Deus é justiça e paz.

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