O Filho de David

David foi um homem e um rei segundo o coração de Deus. Ele considerava suprema a vontade de Deus na sua vida, assim como se considerava representante Seu. Sobre este contexto os profetas expuseram a promessa do prolongamento eterno do trono de David através dum rebento do tronco já amortecido (Is. 11.1). “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso conselheiro, Deus forte, Pai de eternidade, Príncipe da paz” (Is. 9.6). E isto porque apesar do tal descendente ser filho de Davi, seria também filho de Jeová, de Quem recebeu o nome, Jesus, do hebraico (iVwy) (Yeshuá) de (iwy) (salvar), um nome que é sobre todo o nome; o nome do Salvador (Fp. 2.9).

Os profetas revelaram que o Messias seria descendente de David para que a sua casa, o seu reino e o seu trono, ficassem firmados para sempre (cf. 2 Sm. 7.12–16). Jeremias escreveu assim: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a David um renovo justo; e sendo rei reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr. 23.5). Este será o nome com que o nomearão: “Javé Justiça Nossa” em hebraico “Yahweh Tsidkenu.” Ele governará com sabedoria o seu povo, assim como o bom pastor faz com o seu rebanho (Ez. 34.23).

O Senhor apresentou-se como o bom pastor, que conhece as suas ovelhas, e delas é conhecido (Jo. 10.14). Ele manifestou interesse em ajuntar as suas ovelhas num só aprisco onde Ele seja o único Pastor (Jo. 10.16). As profecias do Antigo Testamento apontam todas para o pastor que havia de vir a fim de ajuntar e guiar o seu rebanho nos caminhos da justiça. Muitos séculos depois da casa de David haver perdido o trono o povo continuava esperando pela promessa divina. Então, um anjo enviado por Deus foi portador duma mensagem revolucionária e consoladora: O cumprimento das profecias.

O anjo anunciou a Maria que daria à luz o varão prometido, o qual seria chamado Filho de Deus e de David (Lc. 1.30–35). O divino mensageiro proclamou aos pastores, no campo, novas de grande alegria para todo o povo (Lc. 2.10,11). O velho Simeão regozijou-se ao ver cumprida a sua esperança quando viu entrar Maria, no Templo, com o menino prometido, a quem abençoou tomando‑o em seus braços (Lc. 2.25–32). A velha Ana, que não se afastava do Templo, também o esperava e quando o viu começou a falar dele a todos os que o esperavam em Israel (Lc. 2. 38).

Há certas expressões nas Escrituras confirmando o cumprimento das profecias. Algumas foram proferidas pelo povo. Interrogavam-se: “Não é este o filho de David ?” (Mt. 12.23). Os necessitados diziam: “Filho de David, tem misericórdia de nós” (Mt. 20.30,31). Clamavam: “Hosana ao filho de David” (Mt. 21.9, 15). Ditas por Paulo: “Da descendência deste (de David) levantou Deus a Jesus para salvador de Israel” (At. 13.22, 23). O qual antes havia prometido pelos seus profetas nas santas Escrituras, acerca de Seu Filho, que nasceu da descendência de David segundo a carne (Rm. 1.3). “Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de David, ressuscitou dos mortos” (2 Tm. 2.8). João ouviu uma voz do céu: “Eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de David, que venceu, para abrir o livro e quebrar os seus sete selos” (Ap. 5.5). Ele ouviu o próprio Jesus dizer: “Eu sou a raiz e a geração de David” (Ap. 22.16). Continua

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