A VIDA ETERNA

O homem foi criado e dotado com capacidade para a vida eterna (Gén. 2.9,17). Todos fomos criados com um plano. Só a desobediência a esse plano divino priva o homem da vida. Porém, a obediência voluntária ao plano criador mantém a vida para a eternidade. O homem recebeu um único mandamento negativo, este: “Da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás.” Se o primeiro homem assim tivesse agido não nos teria legado uma herança tão trágica, o pecado como origem de toda a iniquidade e a sua inevitável consequência, a morte.

A queda na desobediência privou-nos da comunhão com Deus, “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” (Rom. 3.23). Além disso, a recompensa do pecado é a morte (Rom. 6.23). Mas a morte não significa necessariamente cessar de viver.

A ilustração da parábola do rico e Lázaro é esclarecedora a este respeito. “Aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. E no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado, e tu atormentado;” Luc.16.22–25).

Esta é a diferença. Isto quer dizer que, quando deixarmos este corpo físico, sujeito à decomposição, receberemos outro, espiritual, o qual não sofrerá a corrupção pelos anos.

Está claro que vida real só existe em comunhão com Deus, pela fé no Seu Filho. Jesus afirmou isto ao dizer: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim ainda que esteja morto viverá;” (João 11.25). O Senhor veio restaurar a comunhão entre Deus e o homem para que este desfrutasse, feliz, a imortalidade que Cristo conquistou. Porque, na verdade, ao soar da trombeta, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e os vivos serão transformados.

Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade;” (1 Cor. 15.51–54). Quando recebermos o novo corpo espiritual jamais experimentaremos a morte, porque esta é sofrida simplesmente pelo físico. O pó volta ao pó.

Além disso, o Senhor apresenta-se como Deus dos vivos e não dos mortos; (Êx. 3.6,16). Jesus referiu-se a este trecho ao falar de seu Pai: “Não tendes lido o que Deus vos declarou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos;” (Mat. 22.32). Enoque e Elias não passaram pela sepultura, subiram directamente a Deus (Gén. 5.24; 2 Reis 2.11). Assim é a fé.

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