A Nossa Luta Diária

Eis como age o nos­so adver­sário para atrair, pren­der, e der­rubar as criat­uras de Deus:

1. Des­per­ta a con­cu­pis­cên­cia dos olhos, atrain­do a pes­soa para o seu pon­to mais fra­co a fim de cair no laço ardiloso. Eva viu que o fru­to da árvore inter­di­ta era bom e dese­jáv­el, e cobiçou‑o; (Gén. 3.6 a).

2. Des­per­ta a con­cu­pis­cên­cia da carne, crian­do o dese­jo de pos­suir aqui­lo que lhe está veda­do sober­ana­mente, porque é prej­u­di­cial. Eva tomou do fru­to proibido e deu tam­bém a Adão; (v. 6 b).

3. Des­per­ta a sober­ba da vida, crian­do ambição de grandeza, e sen­ti­men­to de auto-sufi­ciên­cia, a fim de afas­tar todas as pes­soas da ded­i­cação dev­i­da a Deus. Eis a sua men­ti­ra: “Sereis como Deus;” (v. 5b).

Quem é lev­a­do nes­ta onda e nave­ga neste mar cer­ta­mente encal­hará, pon­do em peri­go tan­to a sua existên­cia como a sua eternidade na comunhão com Deus. Con­vém estar aten­to às ciladas de Satanás. É dig­no de nota que Jesus pas­sou pela mes­ma exper­iên­cia quan­do esteve no deser­to. O alvo de Satanás era afas­tar o Sen­hor do seu propósi­to de res­gatar a humanidade. Porém, Jesus mostra-nos como é pos­sív­el vencê-lo nas suas maiores astú­cias; é pela obe­diên­cia ao Pai e à Sua Palavra; (cf. Mat. 4.1–11).

Assim como Jesus, Tia­go acon­sel­ha os cristãos a serem cumpri­dores da Palavra, e não somente ouvintes, ao mes­mo tem­po que fornece a estraté­gia para vencer Satanás: “Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao Dia­bo, e ele fugirá de vós;” (Tia­go 4.7). Como a resistên­cia não existe sem forças, há neces­si­dade de obe­de­cer, primeira­mente, ao Sen­hor, segun­do a Sua Palavra, sentin­do deste modo a ener­gia necessária para resistir.

Era o propósi­to de Deus que o cor­po estivesse sub­or­di­na­do ao espíri­to. Isto é com­preen­sív­el pelo fac­to do cor­po não ter vida sem o espíri­to. A chega­da do peca­do colo­cou em con­fli­to o espir­i­tu­al e o nat­ur­al. Enquan­to o espíri­to está pron­to para obe­de­cer a Deus, a fim de exper­i­men­tar as suas bênçãos, o cor­po ten­ta resi­s­tir quan­to pud­er, a fim de des­fru­tar dos praz­eres efémeros deste mundo.

Paulo dá teste­munho dessa luta deste modo: “Acho então esta lei em mim; que quan­do quero faz­er o bem, o mal está comi­go. Porque segun­do o homem inte­ri­or ten­ho praz­er na lei de Deus; mas vejo nos meus mem­bros out­ra lei, que batal­ha con­tra a lei do meu entendi­men­to, e me prende debaixo da lei do peca­do que está nos meus mem­bros. Mis­eráv­el homem que eu sou! Quem me livrará deste cor­po mor­tal?” (Rom. 7.21–24). Esta é a exper­iên­cia de todos nós.

Temos, então, declar­a­da uma guer­ra espir­i­tu­al, a qual deve­mos não subes­ti­mar nem desprezar, mas enfrentar cora­josa­mente na con­fi­ança inspi­ra­da pela vitória do Sen­hor, o capitão do nos­so exérci­to. Porém, as nos­sas armas não são car­nais, mas sim espir­i­tu­ais e poderosas em Deus para vencer as for­t­alezas; (2 Cor. 10.4). A nos­sa guer­ra é espir­i­tu­al e exige armas ade­quadas para vencer um adver­sário muito espe­cial. Tran­scre­vo a seguir o tre­cho bíbli­co que o após­to­lo Paulo nos deixou como ensi­no sobre esta guer­ra espir­i­tu­al con­tra as hostes da mal­dade em Efé­sios 6.10–18:

No demais, irmãos meus, for­t­ale­cei-vos no Sen­hor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadu­ra de Deus para que pos­sais estar firmes con­tra as astu­tas ciladas do Dia­bo; porque não temos que lutar con­tra a carne e o sangue, mas sim, con­tra os prin­ci­pa­dos, con­tra as potes­tades, con­tra o príncipe das trevas deste sécu­lo, con­tra as hostes espir­i­tu­ais da mal­dade, nos lugares celes­ti­ais. Por­tan­to, tomai toda a armadu­ra de Deus, para que pos­sais resi­s­tir no dia mau e, haven­do feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, ten­do cingi­dos os vos­sos lom­bos com a ver­dade, e vesti­da a couraça da justiça, e calça­dos os pés na preparação do evan­gel­ho da paz; Toman­do, sobre­tu­do, o escu­do da fé com o qual podereis apa­gar todos os dar­d­os infla­ma­dos do malig­no. Tomai tam­bém o capacete da sal­vação e a espa­da do Espíri­to, que é a Palavra de Deus, oran­do em todo o tem­po, com toda a oração e súpli­ca no espíri­to e vigian­do nis­so com toda a per­se­ver­ança e súpli­ca por todos os santos.”

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