Cristãos Responsáveis

Entre as muitas responsabilidades que temos como cristãos, assiste-nos o dever de guardar a salvação que havemos recebido pela fé no Senhor Jesus. Ao mesmo tempo é preciso divulgá-la por todos os meios em todos os lugares de modo a contribuir para salvação dos outros. Esta é a nossa maior responsabilidade como filhos de Deus. Guardar a salvação é o mesmo que estar vigilante para a vinda do Senhor e preparado para ir ao seu encontro nas nuvens. Para isso é necessário estar ocupado em três atividades espirituais sem as quais se torna impossível alcançar o alvo.

O culto a Deus deve ser a coisa mais importante para os cristãos, tem de estar em primeiro lugar. Portanto, é necessário assistir com regularidade aos cultos de adoração para desenvolvimento da fé, na qual estamos guardados para a salvação. Além do culto familiar, aquele que é realizado no templo traz grande contributo para fortalecimento dos cristãos, e desta forma chegarem ao final da carreira.

Há umas expressões no Salmo oitenta e quatro que manifestam o extraordinário valor da Casa de Deus. Diz o salmista: “A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo. Até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si e para a sua prole, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu. Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente… Porque vale mais um dia nos teus átrios do que em outra parte mil. Preferiria estar às portas da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade”.

Observemos como o poeta valoriza a casa de Deus e manifesta o seu gozo por poder adorar ali. Que esta experiência sirva de incentivo para nos ajuntarmos com o Povo do Senhor, no Seu Templo, em adoração conjunta. Não há melhor forma de sentir a presença de Deus. As suas bênçãos derramadas sobre nós servem para robustecimento da fé pela qual também recebemos e guardamos a salvação até à volta de Jesus. É Pedro quem afirma “que mediante a fé estais guardados no poder de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo” (1 Ped. 1.5). Ninguém devia trocar o culto ao Senhor por outras atividades, por mais aliciantes que elas sejam. Há tempo para tudo debaixo do Sol, o essencial é saber administrá-lo bem. E a melhor forma para isso é optar em primeiro lugar pelas atividades mais importantes.

A última revelação das Escrituras foi feita ao apóstolo João na ilha de Patmos. O Senhor dirigiu-lhe estas palavras a que todos devemos prestar atenção: “Bem-aventurado aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas, porque o tempo está próximo (Ap. l.3). Jesus vem breve, é bom que nos preparemos para recebê-lo e acompanhá-lo.

A oração a Deus é o terceiro fator importante que não deve ser desprezado pelo cristão, em virtude de ser através dele que falamos com o nosso Pai celestial. Até Jesus orava frequentemente e ensinou os discípulos a fazer o mesmo. Naturalmente, Ele achava nessa prática algum valor especial, sobretudo sabia que era a melhor maneira de estar protegido contra Satanás. Lembra-nos o apóstolo Pedro que esse inimigo não cessa de rodear-nos, buscando sempre a quem possa levar à perdição. Se o crente estiver protegido pela oração jamais Satanás sairá vitorioso.

A fé em Cristo torna os cristãos vencedores. Para isto S. Paulo aconselha-nos a orar sem cessar. O termo original usado em 1 Tes. 5.17 significa orar sem interrupção, o que implica una vida consagrada ao Senhor nas vinte e quatro horas do dia, tendo como alvo a vitória sobre o pecado. Ainda que o diabo ruja, aquele que vive em oração jamais cederá às suas investidas astutas. S. Pedro aconselha: “Vigiai e orai porque o diabo, vosso adversário anda em derredor bramando como leio buscando a quem possa tragar” (1 Ped. 5.8). Para guardar a salvação é preciso manter a comunhão com Deus e esta acontece e fortalece-se através da oração constante.

Há em Efésios 6.18 umas palavras de Paulo que valorizam extremamente o tempo da oração: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no espírito e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos.” Os mais urgentes compromissos não devem desviar-nos da oração. Devemos levantar-nos e deitar-nos em oração para vencermos o diabo, o mundo e o pecado. Os apóstolos consideravam a oração, a par da leitura da Bíblia, a actividade mais importante na sua vida (At. 6:4). Eles sabiam que é mediante a oração que se chega ao trono de Deus para ali recebermos as Suas maravilhosas bênçãos (Heb. 4.l6). Por isso não cessavam de orar uns pelos outros.

A oração abre os céus, abre a nossa mente, e abre a mente e o coração daqueles que queremos ajudar. Orar sem cessar, como diz S. Paulo, implica uma vida de comunhão íntima com Deus durante as vinte e quatro horas do dia e não somente uma ou duas no culto. E quando oramos devemos pronunciar definidamente aquilo que queremos, e não fazer apenas uma oração ritualista para cumprir uma obrigação. Através da oração podemos obter perdão, vida abundante, gozo, vitória e a salvação das almas. O cristão deve interceder pelos pecadores para que Deus os liberte das garras de Satanás. Jesus disse perante os discípulos: “Até agora nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis para que o vosso gozo seja completo (Jo. 16.24).

Sem dúvida, qualquer coisa que recebermos em resposta à oração é motivo de grande gozo, que logo queremos compartilhar com os outros. Orando com fé seremos mais que vencedores e estaremos guardados para a salvação já prestes para se revelar no último tempo. O ministério de Jesus não terminou com a sua morte. Após a ressurreição, subiu ao céu, onde se encontra, vivendo sempre para interceder por nós (Heb. 7.25). Por conseguinte, a sua principal atividade nestes dias é interceder por nós. E nós intercedemos pelos outros.

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