Sacerdote Eterno

1. A Função Sacerdotal

Os sac­er­dotes das religiões anti­gas eram sac­ri­fi­cadores de ani­mais. Imolavam as víti­mas que o povo lev­a­va jun­to do altar a fim de rece­ber os favores divi­nos. Entre os hebreus eram, de modo semel­hante, os medi­adores entre Deus e os home­ns. Eles tin­ham três obri­gações espe­ci­ais: Min­is­trar no san­tuário, con­hecer a von­tade div­ina e ensi­nar ao povo a lei de Deus. Para exercer o seu ofí­cio sac­er­do­tal devi­am cumprir o rit­u­al pre­scrito: Após o sac­ri­fí­cio tin­ham de lavar-se, vestir uma túni­ca espe­cial e ungir-se com óleo per­fuma­do, expres­sa­mente prepara­do para o efeito.

Estes ofi­ciantes eram o pro­tótipo daque­le sac­er­dote que mais tarde viria para ser o úni­co medi­ador entre Deus e os home­ns. A epís­to­la aos Hebreus apresenta‑o como ten­do rece­bido do Pai um sac­erdó­cio eter­no, muito supe­ri­or ao lev­íti­co. A seguir vem uma tran­scrição desse tre­cho porque con­tém mui­ta luz sobre o assun­to: “Os out­ros foram insti­tuí­dos sac­er­dotes sem jura­men­to, mas este o foi com jura­men­to daque­le que lhe disse: O Sen­hor jurou e não se arrepen­derá: Tu és sac­er­dote eternamente.

Por isso mes­mo Jesus tornou-se o fiador duma aliança supe­ri­or. Além dis­so, exi­s­ti­ram numerosos sac­er­dotes porque a morte não per­mi­tia que per­manecessem. Mas Este, porque per­manece eter­na­mente tem um sac­erdó­cio eter­no. Por isso, pode sal­var per­feita­mente os que por Ele se aprox­i­mam de Deus, viven­do sem­pre para inter­ced­er por eles.

Tal é, com efeito, o Sumo sac­er­dote que nos con­vin­ha: San­to, inocente, imac­u­la­do, sep­a­ra­do dos pecadores e ele­va­do aci­ma dos céus que não neces­si­tasse, como os out­ros sac­er­dotes, de ofer­e­cer víti­mas todos os dias, primeiro por seus próprios peca­dos e depois pelos do povo, porque o fez de uma só vez e para sem­pre, ofer­e­cen­do-se a si mesmo.

Com efeito, a Lei con­sti­tui sac­er­dotes a home­ns débeis; mas a palavra do jura­men­to, que é pos­te­ri­or à Lei, con­sti­tui o Fil­ho, que é eter­na­mente per­feito”. (Hb. 7.20–28; Dif. Bíbli­ca). Jesus reu­nia em Si mes­mo todas as qual­i­dades sac­er­do­tais. Ele não teve de purificar-se porque foi sem­pre puro. Vestiu uma túni­ca espe­cial que, aquan­do da sua morte, foi sortea­da pelos sol­da­dos. E foi ungi­do com o Espíri­to San­to pelo Pai. 

Como min­istro do ver­dadeiro tabernácu­lo Cristo ofer­e­ceu um úni­co sac­ri­fí­cio pelos nos­sos peca­dos, o seu próprio cor­po, de muito maior val­or do que o de ani­mais. Com a expi­ação que o Sen­hor efec­tu­ou na cruz asse­gurou-nos uma eter­na sal­vação. Recor­damos que enquan­to expi­ra­va disse: “Está con­suma­do.” Esta­va feito tudo o que a Lei exi­gia. O sac­er­dote ofer­e­ceu o seu próprio cor­po em sac­ri­fí­cio sobre o altar do mun­do. Tan­to o ofer­tante como a ofer­ta eram per­feitos e não have­ria mais neces­si­dade de sac­er­dotes para ofer­e­cerem sacrifícios.

Ago­ra regoz­i­jamo-nos porque temos um Sumo Sac­er­dote no céu, mis­eri­cor­dioso, viven­do sem­pre para inter­ced­er por nós. Por isso, podemos aprox­i­mar-nos dele con­fi­antes, na esper­ança de alcançar mis­er­icór­dia e aju­da no tem­po opor­tuno. Jesus ensi­nou que tudo o que pedirmos ao Pai, em seu nome, Ele nos dará.

Paulo afir­mou que Jesus é o úni­co medi­ador entre Deus e os home­ns. João asse­gu­ra que se alguém pecar temos um advo­ga­do diante do Pai, Jesus Cristo. Por­tan­to, quan­do a con­sciên­cia nos acusa de peca­do deve­mos ir, arrepen­di­dos, implo­rar perdão em nome de Jesus. Ele não exige mais do que arrependi­men­to e fé para per­doar os nos­sos pecados.

Vis­to não ser sábio guardar para aman­hã o que se pode faz­er hoje, é acon­sel­háv­el con­fes­sar os peca­dos, enquan­to é tem­po, ao sac­er­dote Jesus, na certeza de que Ele per­doa e purifi­ca de todo o peca­do. Ele é com­pas­si­vo e está sem­pre pron­to a respon­der a qual­quer que o procu­ra em bus­ca de perdão. Isto pode ser feito ago­ra mes­mo per­ante o Senhor.

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