Introdução ao Pentateuco

TÍTULO:  Esboco-do-pentateuco / Gráficos-do-pentateuco

Pen­ta­teu­co vem de (Pen­ta + teu­chos), esto­jo para cin­co rolos de papiro. O Pen­ta­teu­co recebe tam­bém o nome de “Lei, a Lei de Moisés, o livro da lei de Deus; em hebraico é Tora, que sig­nifi­ca ensinamento.

 

AUTORIA DO PENTATEUCO

A tradição, tan­to judaica como da Igre­ja, acei­ta que ess­es livros foram escritos por Moisés. Todavia, Baruch Spin­oza, filó­so­fo holandês de ascendên­cia judaico-por­tugue­sa, em 1671, começou a ques­tionar a auto­ria mosaica com base tex­tu­al e lin­guís­ti­ca. Então, out­ras teo­rias apare­ce­r­am sobre o assun­to do Pen­ta­teu­co. O aparec­i­men­to no tex­to de difer­entes nomes de Deus, esti­los literários difer­entes, e enu­mer­ação de fas­es difer­entes do desen­volvi­men­to do cul­to judaico, têm lev­a­do alguns críti­cos a supor que a existên­cia de vários doc­u­men­tos orig­i­nais servi­ram para a sua compilação.

HIPÓTESE DOCUMENTAL DO PENTATEUCO

A críti­ca literária avançou com a hipótese de o Pen­ta­teu­co ser pro­du­to da reunião de qua­tro doc­u­men­tos de vários autores. Assim:

J – (Javé) teria sido escrito c. de 950 a.C. por um escritor descon­heci­do do reino sul.

E – (Eloim) teria sido escrito c. de 850 a.C. por escritor descon­heci­do do reino do norte.

JE – um redac­tor descon­heci­do c. de 650 a.C. terá com­bi­na­do JE num úni­co documento.

D – (Deut.) teria sido com­pos­to sob a direcção do sumo sac­er­dote Hilquias com o patrocínio do rei Josias c. 650 a.C.

P – (Códi­go sac­er­do­tal) teria sido com­pos­to em várias eta­pas a par­tir do exílio, des­de Eze­quiel, c. 525 a.C.

Estas teo­rias ques­tion­am a inspi­ração div­ina por duas maneiras:

a) Em vez de serem tomadas como palavras do pro­fe­ta de Deus são con­sid­er­adas pro­du­to da imag­i­nação humana.

b) A pre­ten­sa inex­ac­tidão históri­ca induz a ver os doc­u­men­tos como mitos inven­ta­dos por devo­tos religiosos.

 

AUTORIA CONFIRMADA

1. Moisés é con­sid­er­a­do o mais eru­di­to da antigu­idade e aque­le que con­fes­sou escr­ev­er sob a direcção de Deus (Êx. 17.14; 34.27; Dt. 31.9, 24; Act. 7.22).

2. Há uma con­tinuidade de con­teú­do, esti­lo e género de palavras nos cin­co livros.

3. Cristo e os escritores do N.T. afir­mam ser Moisés o autor da Lei (Jo. 1.17; 5.47; 7.19; Rm. 10.5, 19).

4. As evidên­cias arque­ológ­i­cas con­fir­mam que hou­ve inten­sa activi­dade literária pelo menos a par­tir da época de Abraão.

5. Moisés terá usa­do alguns dess­es doc­u­men­tos anti­gos de acor­do com a inspi­ração div­ina, assim como Lucas se infor­mou dos fac­tos que rela­tou (Lc. 1.1–3).

IMPORTÂNCIA DO PENTATEUCO

A importân­cia do Pen­ta­teu­co é avali­a­da med­i­tan­do nos seus cin­co temas respectivos:

1. Cós­mi­co. Expli­ca o cos­mos e a sua primeira causa. A primeira frase é esclare­ce­do­ra quan­do diz: “No princí­pio criou Deus os céus e a terra”.

2. Étni­co. Descreve o começo e a expan­são das três prin­ci­pais divisões das raças: ori­en­tal, negroide e ocidental.

3. Históri­co. É úni­co a traçar a origem do homem numa lin­ha con­tínua a par­tir de Adão e da implan­tação do reino teocrático.

4. Reli­gioso. rev­ela a pes­soa e o carác­ter de Deus, a cri­ação e que­da do homem, e as alianças e promes­sas div­inas da redenção.

5. Proféti­co. É a origem dos temas proféti­cos em toda a Bíblia. Toda a sua história gira em torno do Mes­sias e do reino messiânico.

 

MÊS HEBRAICO

Os meses em Israel eram lunares; começavam sem­pre com a lua nova e eram anun­ci­a­dos pelo som de trom­be­tas. No princí­pio somente qua­tro tin­ham nomes: os dois primeiros, Abibe e Zive, na pri­mav­era; o séti­mo e o oita­vo, Etan­im e Bul, no out­ono. Durante, ou após o exílio, Abibe pas­sou a chamar-se Nisã, e os out­ros, de ordem numéri­ca, rece­ber­am nomes. Vis­to que o mês lunar é de cer­ca de 29 dias foi inter­cal­a­do o 13º trien­al­mente, chama­do Ve-adar, ou Adar II.

 

ANO HEBRAICO

O ano hebraico era lunis­so­lar e fix­a­va as fes­tas anu­ais na lua nova. O ano sagra­do começa­va na lua nova do equinó­cio da pri­mav­era, 1º dia de Abibe. Os judeus mod­er­nos usam um cal­endário civ­il que começa na lua nova do equinó­cio do out­ono, 1º dia de Tishri. Como o ano lunar tin­ha 12 meses de 29 ou 30 dias alter­nada­mente era com­pen­sa­do com o mês inter­calar “Ve-adar” cada três anos, após o últi­mo mês lunar Adar. Assim, era con­segui­do o ano lunis­so­lar. Este sis­tema difi­cul­ta seri­amente a tradução exac­ta das datas hebraicas, sendo referi­da somente a aproximação.

 

TEMAS DO PENTATEUCO

1.  A PESSOA DE DEUS

Géne­sis – Deus é sober­a­no sobre a cri­ação, o homem e as nações.

Êxo­do - Deus tem poder para jul­gar o peca­do e red­imir o pecador.

Lev­íti­co – Deus é san­to e provê as condições para uma vida santa.

Números – Deus é bom e jus­to para dis­ci­pli­nar o seu povo.

Deuteronómio – Deus é fiel para cumprir as suas promessas.

2.  O PROGRAMA DE DEUS

Géne­sis – Preparação e reg­u­la­men­to do Reino de Deus.

Êxo­do – Inau­gu­ração e leg­is­lação do Reino de Deus.

Lev­íti­co – Orga­ni­za­ção espir­i­tu­al do Reino de Deus.

Números – Orga­ni­za­ção políti­ca do Reino de Deus.

Deuteronómio – Reor­ga­ni­za­ção do Reino para Canaã.

LER + AQUIEsbo­co-do-pen­ta­teu­co / Grá­fi­cos-do-pen­ta­teu­co PDF

Both comments and pings are currently closed.

Comments are closed.

Translate »