O Uso da Língua

O uso da lín­gua.Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, saben­do que rece­ber­e­mos mais duro juí­zo.” Tia­go 3.1

A lín­gua é, no diz­er de Tia­go, o mem­bro mais perigoso do Copo humano. Parece que nal­gu­mas comu­nidades cristãs prim­i­ti­vas havia alguns com a pre­ten­são a mestres sem reunirem as condições indis­pen­sáveis. Havia até quem, con­fian­do nos seus dotes oratórios, se ded­i­cas­se a faz­er cam­pan­ha para ser eleito pres­bítero e ter, dessa maneira, tal pos­si­bil­i­dade. Não sabi­am ess­es crentes que o ver­dadeiro mestre é feito pelo Sen­hor de acor­do com os dons dis­tribuí­dos segun­do a sua sober­ana vontade?

Além dis­so, ter con­hec­i­men­tos não sig­nifi­ca pos­suir sabedo­ria, sendo esta a qual­i­dade essen­cial do mestre. O muito falar pode faz­er tropeçar quem se arvo­ra em mestre sem a dev­i­da qual­i­fi­cação div­ina, incor­ren­do, por con­se­quên­cia, no mais duro juí­zo. Por este moti­vo algu­mas difi­cul­dades se têm lev­an­ta­do nas igre­jas ao lon­go da sua história. Tia­go acon­sel­ha a mod­er­ar a lín­gua por for­ma a evi­tar tais tragé­dias, que são obstácu­los ao avanço do reino.

A lín­gua é semel­hante ao leme dum bar­co que serve para boa ou má direção. A sua influên­cia deter­mi­nará a sorte da comu­nidade em que tal indi­ví­duo este­ja inseri­do. Por isso é bom cuidar da lín­gua para não ir além do que con­vém. Mas, somente o Espíri­to de Cristo pode ref­rear este mem­bro, cau­sador de tan­tos males, se a sua mente lhe estiv­er sujeita.

A lín­gua tam­bém é um pequeno fogo que pode incen­di­ar uma comu­nidade. Mas, pode traz­er fogo do céu, ou fogo do infer­no. No dia de Pen­te­costes veio fogo do céu e todos falavam das grandezas de Deus. “Porque da abundân­cia do seu coração fala a boca.” Luc. 6.45. Por con­seguinte, enchamo-nos do Espíri­to de Deus, e da sua Palavra; então, falare­mos sabi­a­mente para edi­fi­cação do reino.

Quan­tas mur­mu­rações, boatos e calú­nias, são cau­sadores de enormes estra­gos na família, na igre­ja, e na sociedade?! Quan­tas vidas, lares, e comu­nidades têm sido destroça­dos des­ta maneira menos sábia! Deus nos livre de semel­hante peca­do. Eis aqui o provér­bio: “O que guar­da a sua boca con­ser­va a sua alma, mas o que muito abre os seus lábios tem per­tur­bação.” Prov. 13.3.

Falar mal dos out­ros é, no diz­er de Tia­go, que­brar a lei de Cristo, a qual proíbe faz­er juí­zos apres­sa­dos. “Não julgueis para que não sejais jul­ga­dos. Porque com o juí­zo com que jul­gar­des sereis jul­ga­dos.” Mt. 7.1,2. O úni­co Leg­is­lador é tam­bém o úni­co Juiz capaz de jul­gar com justiça. A boca do cristão deve ser man­an­cial de bênção, não de maldição. Como a mes­ma boca pode ser usa­da para ben­diz­er a Deus, e amaldiçoar os home­ns cri­a­dos à sua semel­hança? Tal

como Davi, ore­mos sem ces­sar: “Põe, ó Sen­hor, uma guar­da à min­ha boca; guar­da a por­ta dos meus lábios.” Sal. 141.3. Antes de abrir a boca vejamos se traz bênção o nos­so falar. Porque “A morte e a vida estão no poder da lín­gua.” Prov. 18.21. Con­vém dominá-la.

Tia­go apela para a sabedo­ria que vem de Deus a fim de evi­tar tais tragé­dias destru­ido­ras. Esta sabedo­ria que vem do alto é fru­to do temor de Deus, e man­i­fes­ta-se na paciên­cia e no bom tra­to aos semel­hantes. É pura, isto é, quem não é moral­mente puro não começou a ser sábio. Puro, no grego, tem a mes­ma raiz de san­to. E a sabedo­ria do alto é apaná­gio dos santos.

A sabedo­ria é tratáv­el, dócil, sub­mis­sa. As pes­soas pouco ou nada acessíveis man­i­fes­tam fal­ta de sabedo­ria. É mis­eri­cor­diosa, pronta a per­doar, cheia de boas obras, e con­tribuinte da paz. Onde há sabedo­ria a paz vencerá final­mente. A paz é, jun­ta­mente com o amor e a justiça, a car­ac­terís­ti­ca cer­ta do reino dos céus.

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