A revelação de Deus

O Deus ver­dadeiro não podia per­mi­tir que o con­sid­erassem mais um no pan­teão dos deuses. Assim, a fim de evi­tar essa con­fusão, Ele rev­el­ou-se ao seu povo de várias maneiras; em Teo­fa­nia, Antropo­mor­fis­mo, Nuvem, Anjo, e em Espírito.

Teo­fa­nias

Teo­fa­nia é uma aparição de Deus, geral­mente com algu­ma car­ac­terís­ti­ca humana, de modo a ser apreen­di­do facil­mente. Não sig­nifi­ca apare­cer sem­pre fisi­ca­mente, mas com algu­ma car­ac­terís­ti­ca própria do homem. Tomem­os alguns exem­p­los das Sagradas Escrit­uras. Deus apare­cia a Adão e Eva, ou seja, Deus fala­va com eles (Gn. 3.8–17). Deus apare­ceu e falou com Noé sobre o dilúvio; (Gn. 6.1–7). Apare­ceu e falou com Abrão (Gn. 12.7). Apare­ceu a Isaque e a Jacó e rat­i­fi­cou a Sua promes­sa (Gn. 28.12–20; 35.9; 48.3). Apare­ceu e falou com Moisés dan­do-lhe instruções sobre a lib­er­tação do Seu povo (Êx. 3.6). Apare­ceu e falou com Elias informando‑o que não esta­va só; ain­da tin­ha a com­pan­hia de mais sete mil que não ado­ravam a Baal (1 Rs 19.14,18).

Antropo­mor­fis­mos

Emb­o­ra seja semel­hante à Teo­fa­nia, tem car­ac­terís­ti­cas dis­tin­tas. O Anti­go Tes­ta­men­to esta cheio de antropo­mor­fis­mos e antropopatismos porque os escritores usam a ter­mi­nolo­gia humana para descreverem as acções do Deus infini­to. Antropo­mor­fis­mo é a man­i­fes­tação de Deus com expressões da for­ma humana, como pos­suin­do pés, braços, boca, olhos, ouvi­dos, etc. para enten­der­mos a Sua acção. Tomem­os por exem­p­lo as seguintes experiências:

Adão e Eva ouvi­ram a voz do Sen­hor Deus (Yah­weh Elo­him) que passea­va no jardim (Gn. 3.8). Moisés ouviu a voz de Deus que lhe disse. “E, haven­do eu tira­do a min­ha mão, me verás pelas costas; mas a min­ha face não se verá” (Êx. 33.23). No Salmo 8.6 e em Isaías 66.2 é atribuí­da toda a obra da cri­ação à mão de Deus. Em 1 Reis 8.29,30 pede-se que Deus ten­ha os olhos aber­tos para ver as neces­si­dades do povo e ouvi­dos aten­tos para ouvir as orações no tem­p­lo (cf. Ne. 1.6). No Salmo 34.15,16 está escrito: “Os olhos do Sen­hor estão sobre os jus­tos, e os seus ouvi­dos aten­tos ao seu clam­or. A face do Sen­hor está con­tra os que fazem mal.” cheio da glória do Sen­hor. Cada vez que a nuvem se lev­an­ta­va eles ini­ci­avam as suas jor­nadas (Êx. 40.34–38).

Aquan­do do cativeiro dos seten­ta anos na Babiló­nia, o anjo do Sen­hor inter­cedeu em favor do povo de Judá. Este fac­to traz-nos à memória out­ro semel­hante cujo inter­ces­sor é Jesus, o nos­so sac­er­dote eter­no diante do Pai. Tam­bém João recomen­da que não peque­mos, mas se alguém pecar temos um advo­ga­do per­ante Deus, Pai, que é Jesus Cristo, o jus­to ( Zc. 1.12; Hb. 7.24,25; 1 Jo. 2.2).

O Espíri­to do Senhor

Logo no iní­cio das Sagradas Escrit­uras é men­ciona­da a acção do Espíri­to de Deus moven­do-se sobre as águas (Gn.1.1). Após a cri­ação, Deus sem­pre tra­tou com o seu povo medi­ante o Espíri­to. Moisés e os seus seten­ta anciãos rece­ber­am a unção do Espíri­to a fim de lid­er­arem o povo de Deus (Nm. 11.17,25). No final da sua car­reira, Moisés can­tou deste modo: “Como a águia des­per­ta o seu nin­ho, se move sobre os seus fil­hos, estende as suas asas, toma-os e os leva sobre as asas, assim o Sen­hor o guiou (o povo de Jacó) e não havia com ele deus estran­ho” (Dt. 32.11,12). É o Seu Espíri­to que teste­munha ao nos­so espíri­to sobre o nos­so esta­do espir­i­tu­al (Rm. 8.16).

O Anjo do senhor

O Anti­go Tes­ta­men­to não declara clara­mente a existên­cia das três pes­soas da trindade. Porém, nas man­i­fes­tações do Anjo do Sen­hor podemos ver car­ac­terís­ti­cas do Mes­sias não incarnado.

Descreva­mos o que acon­te­ceu com a inter­venção do anjo do Sen­hor: Géne­sis 16.7–13 rela­ta a exper­iên­cia de Agar quan­do, por ser mal­trata­da por Sara, fugiu para o deser­to, onde foi encon­tra­da pelo Anjo do Sen­hor, que a acon­sel­hou a regres­sar à sua sen­ho­ra com a promes­sa de que tam­bém ela seria mãe dum grande povo. É este povo árabe que pre­sen­te­mente está guer­re­an­do con­tra Israel, os fil­hos de Sara. Géne­sis 22.11,15–18 ref­ere que o Anjo do Sen­hor apare­ceu a Abraão para impedir que sac­ri­fi­cas­se o seu fil­ho Isaque con­forme lhe havia sido pedi­do por Deus. Géne­sis 32.22–30 con­tém o reg­is­to da exper­iên­cia de Jacó com um varão, sobre o qual prevale­ceu e rece­beu a sua bênção. Jacó, então, chamou aque­le lugar de “Peniel”, (laynp) que sig­nifi­ca face de Deus, porque tin­ha vis­to Deus face a face.

Oséias 12.3,4 atribui essa luta de Jacó com o Anjo do Sen­hor. Êxo­do 3.2 declara que apare­ceu o Anjo do Sen­hor a Moisés para con­vidá-lo a lib­er­tar o seu povo. E no mes­mo livro, em 23.20,23, está a promes­sa que Deus fez a Moisés: “Eis que eu envio um Anjo diante de ti para que te guarde neste cam­in­ho e te leve ao lugar que te ten­ho preparado.”

Juízes 6.12,21–23 con­tém a exper­iên­cia de Gideão com o anjo do Sen­hor, como por ele foi con­vi­da­do e enco­ra­ja­do para lib­er­tar Israel dos mid­i­an­i­tas. Este Anjo do Sen­hor foi sem­pre o Sal­vador de Israel (cf. Is. 63.9) assim como tam­bém foi o nos­so Sal­vador (Act. 13.23). “Ao úni­co Deus, Sal­vador nos­so, por Jesus Cristo nos­so Sen­hor, glória e majes­tade, domínio e poder, antes de todos os sécu­los, ago­ra e para todo o sem­pre” (Jd. 25).

A nuvem do Senhor

O perío­do de Moisés é notáv­el dev­i­do às man­i­fes­tações de Deus, sobre­tu­do medi­ante a nuvem. Deus esta­va ali, entre eles, no deser­to, na for­ma do fogo e da nuvem. Ao obser­var as refer­ên­cias abaixo recor­dare­mos o min­istério da nuvem a Israel, assim como os bene­fí­cios des­fru­ta­dos pelo povo. Êxo­do 13.21,22 e 14.19 declara que Deus ia adi­ante deles numa col­u­na de nuvem para os guiar pelo cam­in­ho, e de noite numa col­u­na de fogo para os alu­mi­ar. Enquan­to o exérci­to egíp­cio os perseguia a nuvem e o fogo pas­saram para detrás deles a fim de pro­tegê-los. Deus tem sem­pre uma maneira muito própria para guiar e pro­te­ger o seu povo. Quan­do chegaram ao monte do Sinai a nuvem cobriu o monte e viram a glória do Sen­hor como um fogo con­sum­i­dor (Êx. 24.15–17). Ali, Moisés rece­beu ordem para con­stru­ir o Tabernácu­lo; após ser mon­ta­do, a nuvem veio sobre ele e ficou cheio da glória do Sen­hor. Cada vez que a nuvem se lev­an­ta­va eles ini­ci­avam as suas jor­nadas (Êx. 40.34–38).

Aquan­do do cativeiro dos seten­ta anos na Babiló­nia, o anjo do Sen­hor inter­cedeu em favor do povo de Judá. Este fac­to traz-nos à memória out­ro semel­hante cujo inter­ces­sor é Jesus, o nos­so sac­er­dote eter­no diante do Pai. Tam­bém João recomen­da que não peque­mos, mas se alguém pecar temos um advo­ga­do per­ante Deus, Pai, que é Jesus Cristo, o jus­to ( Zc. 1.12; Hb. 7.24,25; 1 Jo. 2.2).

Ler + A Trindade Divina

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