Primeira Carta a Timóteo

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1ª Carta de Paulo a Timóteo

A primeira carta dirigida por Paulo ao seu cooperador Timóteo é uma epístola pessoal, com a finalidade de o aconselhar a respeito da sua responsabilidade na igreja de Éfeso, e, provavelmente, também arredores. O seu especial interesse é que o evangelho de Cristo seja proclamado na sua plenitude, com fidelidade, a fim de combater as falsas doutrinas, que abundavam na época.

Então, para cumprir essa missão eficazmente, adianta alguns sábios conselhos, como advertir alguns para não ensinarem outra doutrina, mesclada por fábulas e genealogias, as quais não servem para edificação da fé em Deus. Não convém entrar em contendas, visto não promoverem a obra de Deus. O objetivo desta instrução é o amor, que procede de um coração puro, dedicado a Deus e às pessoas.

Alguns pregadores, provavelmente legalistas judeus, queriam ser mestres das Escrituras, arvorando-se em portadores de todas as respostas, usando e abusando de genealogias do Antigo Testamento, acrescentando nomes e lendas à sua volta, com o interesse de desviar os crentes da verdadeira fé em Cristo.

O apóstolo alega que o mandamento (Torá) é bom, usado devidamente, servindo para instruir, orientar e corrigir todos os pecadores. Afinal, a Lei é útil para conduzir a Cristo todos os injustos, transgressores, desobedientes, irreverentes, profanos, homicidas, devassos, sodomitas, roubadores, mentirosos, e contrários à sã doutrina.

Paulo dá graças a Deus pelo facto de ter sido escolhido e nomeado para o ministério da pregação, apesar de ter sido blasfemo, perseguidor e violento. Ele reconhece que a graça do Senhor superabundou com fé e amor nele, que era o principal pecador. Então, aconselha Timóteo a tornar-se um militante denodado pela verdade, conservando a fé e uma boa consciência.

O apóstolo aconselha que se façam orações por todos as pessoas, especialmente pelos que estão em eminência para que haja paz na terra. Depois, passa aos deveres dos oficiais da igreja, bispos e diáconos, incluindo diaconisas. Primeiro, no capítulo 3.2–7, apresenta uma lista do que convém ao porte dos bispos, os pastores, para não caírem nos laços de satanás. Igualmente, os diáconos e diaconisas devem portar-se de modo condigno com a nobre profissão de servir a Deus, segundo os versículos 8–13. Assim convém proceder na igreja do Deus vivo, como coluna e firmeza da verdade.

Alerta, então, no capítulo 4, para o facto de nos últimos tempos, abundarão espíritos enganadores, divulgando doutrinas de demónios, levando deste modo muitos incautos a abandonar a fé. Por este motivo, convém que o ministro do evangelho viva e ensine a verdade, isenta de qualquer elemento espúrio.

Apesar da sua juventude, Timóteo, é aconselhado a ser exemplo para os crentes, em amor, fé, pureza e trato, falando sempre a verdade, a fim de vencer os contradizentes. Além disso, deve ser um leitor e ensinador assíduo, aplicando as Escrituras à vida das pessoas, segundo o dom que lhe foi transmitido.

Seguem-se, no capítulo cinco, alguns conselhos a respeito de a igreja ser uma família, cujo Pai é Deus, e o respetivo procedimento entre todos. Quanto aos presbíteros, que lideram a igreja, devem ser honrados e receber um salário compatível com a sua função ministerial. Além disso, ninguém deve aceitar qualquer acusação infundada contra um presbítero. Os servos devem estimar os seus patrões e honrá-los, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados. Por outro lado, os patrões crentes devem ser honrados como irmãos.

Em conclusão, no capítulo seis diz que quem não se conforma com as palavras do Senhor Jesus Cristo e ensina outra doutrina, é soberbo e nada sabe. Destes, é aconselhável afastar-se para guardar a fé. Sobretudo, Timóteo, e qualquer ministro, deve guardar o depósito da fé, que lhe foi confiado pelo Espírito Santo, e, deste modo, proteger a igreja de Cristo.

Ler a 2ª carta a Timóteo AQUI

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