Carta de Paulo a Tito

Scroll penEsta carta foi dirigida a Tito, colaborador que Paulo deixou na ilha de Creta, a fim de organizar a igreja e ensinar a verdade acerca da salvação. A causa primária na organização era estabelecer presbíteros nas igrejas locais, a fim de ajudarem na prossecução do serviço missionário e instrução dos cristãos.

E, à semelhança da instrução dada a Timóteo, empenha-se a instruir Tito acerca das características dos ministros da igreja, inclusas nos versículos seis a nove do primeiro capítulo. O presbítero deve, em primeiro lugar, ser irrepreensível, casado com uma mulher, cujos filhos sejam crentes, obedientes, e que tenham bom testemunho.

Pois, convém que o “bispo”, aquele que vigia o rebanho do Senhor, e o alimenta com a Palavra de Deus, não tenha de que ser acusado, nem ser orgulhoso, nem ganancioso por lucro financeiro, nem inclinado a beberrão, que geralmente leva a contendas e espancamentos. Deve, antes, ser justo, santo, moderado, amigo da hospitalidade e das boas ações.

Deve ainda ser fiel na transmissão da doutrina, segundo a fiel Palavra de Deus, a fim de poder encorajar os cristãos. E, igualmente, convencer os afastados da verdade, os quais são desordenados, faladores vãos e enganadores, principalmente os que defendem a circuncisão, a quem convém calar. Os tais devem ser esclarecidos e convencidos, de modo a demonstrarem uma fé genuína, pois, confessam Deus, mas negam-no com as suas obras ímpias.

No capítulo dois, Tito é aconselhado a ensinar a verdade, conforme a Palavra de Deus inspirada. Deve aconselhar os idosos a viver em santidade, manifestando fé, amor, prudência e paciência. As mulheres idosas devem ser o exemplo para as mais novas, ensinando-as a serem prudentes, amarem seus maridos e filhos, aprenderem a ser boas donas de casa, dando bom testemunho da Palavra de Deus.

Os jovens devem ser convencidos a viver com moderação. Mas Tito deve dar o exemplo daquilo que ensina, com correção e sinceridade, para que o adversário não tenha qualquer mal a alegar em nosso desfavor. Os servos (escravos), apesar de serem libertados por Cristo, devem sujeitar-se a seus patrões como ao próprio Senhor, a fim de darem bom testemunho do que têm aprendido sobre Deus e a salvação.

Deus, na sua infinita graça, oferece a salvação a todas as pessoas, sem qualquer distinção, a fim de poderem mudar da vida mundana para uma vida pia, sóbria e justa, cujo alvo é a bem-aventurada esperança da manifestação da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, que deu a vida para nos remir e purificar um povo que seja especialmente Seu, empenhado nas boas obras como testemunho da salvação.

No capítulo três, Paulo alega que todos éramos extraviados, desobedientes e odiosos; mas, pelo amor de Deus e sua grande misericórdia fomos salvos e renovados pelo Espírito Santo. Agora, justificados por seu favor, tornamo-nos herdeiros segundo a esperança da vida eterna. Então, os cristãos devem ser submissos às autoridades, e estar preparados para aproveitar a oportunidade de agir corretamente em testemunho da sua vida nova. O apóstolo enfatiza que os crentes devem aplicar-se às boas ações, porque isso é bom e útil às pessoas.

Os promotores de heresias devem ser esclarecidos uma e outra vez, a fim de voltarem à proclamação da verdade, e, após algum tempo de esperança, deixam-se seguir o seu caminho pervertido, cujo fim é a condenação.

Finalmente, convida Tito a visitá-lo em Nicópolis, e recomenda-lhe que cuide do mestre da Lei, Zenas, e de Apolo, a fim de nada lhes faltar. Como Paulo é cuidadoso com seus cooperadores! Após as saudações finais, a graça seja com todos.

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