O Propósito de Deus

temploO PROPÓSITO DE DEUS

Apraz-me apresentar aqui o meu primeiro texto, escrito após a minha conversão, ou recepção do Senhor Jesus como meu Salvador e Senhor. Aconteceu aos dois de Junho de 1962, num culto com a colaboração da Mocidade Para Cristo, na Assembleia de Deus na Rua Neves Ferreira, em Lisboa. O referido texto, editado na Revista Novas de Alegria em Agosto de 1964, segue incluso abaixo. 

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Quero, pelo nosso mensageiro da verdade, levar ao conhecimento dos estimados leitores o propósito de Deus para trazer-me ao recinto de salvação. 

Tendo eu sido criado num lar católico, aprendi, como é natural, os preceitos católicos, os quais nunca obser­vei sinceramente. 

Aos 7 anos de idade fiz a primeira comunhão, e mais tarde, num dia aprazado, recebi o crisma. Frequentei a catequese, aprendi muitas orações, mesmo algumas em latim. Ajudava, na falta do sacristão, o sacerdote na missa. Enquanto frequentava a escola estava sempre pronto para este serviço religioso. Saí da escola e comecei a trabalhar. Tudo acabou. Tudo esqueceu. A casa construída na areia havia sido derrubada pelos ventos e pela chuva, S. Mat. 7:26, 27. 

Mandaram-me então para Lisboa, onde há de tudo o que o mundo oferece. Eu, que outrora gostava do serviço religioso, tornara-me um ateu, descrendo de qualquer espécie de divindade. Blasfemava de Deus. Estava perdido. Não tinha paz, não tinha alegria, andava inquieto. Buscava, por todos os meios, satisfação e paz neste mundo, mas não era possível encontrá-las, porque sem Deus não pode haver paz nos corações; os ímpios não têm paz, Is. 48:22.

Assim andei perdido vários anos, sem Deus, sem pai, sem mãe, sem família, sem lar, sozinho, entregue ao dissabor deste mundo perverso, governado pelo maior inimigo das almas, Ef. 2:2, sempre buscando a quem possa tragar, I Ped. 5:8.

Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, Ef. 2:4, e, quando havia chegado o tempo determinado, Ecl. 3:1, segundo o Seu eterno propósito, levou-me para um lugar onde havia duas dedicadas servas testificando do Seu Nome. Ali, ouvi bastante acerca do Seu amor, mas como o meu entendimento estivesse entenebrecido pela dureza do meu coração, Ef. 4:18, para crer naquilo que ouvia, continuava separado de Deus. Como era triste andar sem Deus! 

Passou-se um ano e fui trabalhar para outra casa, enquanto me afastava cada vez mais de Deus. Mas Deus, que tinha o Seu propósito, enviou um íntimo amigo meu, já convertido, procurar trabalho junto de mim. O patrão não o admitiu por estar próxima a sua incorporação militar. O inimigo estava à sua mão direita para se lhe opor, Zac. 3:1. Mas Deus, que nunca falha nos Seus propósitos, fez com que, mais tarde, o Seu servo fosse admitido no mesmo lugar. Aleluia! Era a vitória. 

Porém, o meu amigo não me convencia com as suas palavras. Eu bem conhecia o seu passado pecaminoso. Somente quando verifiquei, por seu testemunho próprio, que ele era uma nova criatura, II Cor. 5:17, cedi ao pedido: “Vamos à casa do Senhor”. Aleluia! Eu fui e fiquei lá. Fiquei na Casa do Senhor quando me convidaram a descansar nos braços do meigo JESUS. Então, descansei e recebi paz no meu coração. 

DEUS achou-me e, logo me chamou Seu filho, S. João 1:12. Portanto, hoje tenho Deus, Pai, Mãe, Família e Lar celestial. Aleluia! Jamais haverá tristezas em mim, pois Jesus está sempre ao meu lado para suprir todas as minhas necessidades, Fil. 4:9. Jamais andarei perdido, pois creio n’Aquele que desceu da glória e veio a este pobre mundo para que todo aquele que n’Ele crê não se perca mas tenha a vida eterna, S. João 10:10. Após três meses de ter entrado neste Lar, o Pai me selou, também, com o selo da promessa, para nunca mais sair, que Ele disse que é para todos, tantos quantos Deus nosso Senhor chamar, Actos 2:39. Aleluia! 

Hoje vivo feliz e nada me faltará porque o Senhor é o meu Sumo Pastor, Sal. 23. Amém. 

Prezado leitor que lês estas linhas, repara neste simples testemunho como Deus ama o pecador, e como tem propósitos para tudo. Pensa bem na tua situação e se ainda não conheces o Senhor Jesus Cristo procura encontrar-te com Ele ainda hoje, porque amanhã pode ser tarde. 

C. A. F., Lisboa

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