A CASA DE ORAÇÃO

Isaías 56:7

a ess­es os levarei ao meu san­to monte, e os ale­grarei na min­ha casa de oração; os seus holo­caus­tos e os seus sac­ri­fí­cios serão aceites no meu altar porque a min­ha casa será chama­da casa de oração para todos os povos.”

Questão
Qual o sig­nifi­ca­do de ‘casa de oração’? A que se des­ti­na a casa de oração? Qual o sig­nifi­ca­do de oração?

Con­tex­to bíblico
Observe­mos o vocábu­lo hebraico com­pos­to ‘casa de oração’ = beit tephillah, que sig­nifi­ca ‘casa de súpli­ca, de rogo, de petição’. Quan­do expul­sou os vendil­hões, Jesus men­cio­nou esta frase, que em grego é ‘oikos proseuch­es’ com o mes­mo sig­nifi­ca­do, “dizen­do-lhes: Está escrito: A min­ha casa será casa de oração; vós, porém, a fizestes cov­il de salteadores.” (Lc 19:46).

Quan­do Salomão con­sagra­va a casa do Sen­hor ora­va des­ta maneira: “Con­tu­do atende à oração de teu ser­vo, e à sua súpli­ca, ó Sen­hor meu Deus, para ouvires o clam­or e a oração que o teu ser­vo hoje faz diante de ti para que os teus olhos este­jam aber­tos noite e dia sobre esta casa, sobre este lugar, do qual diss­es­te: O meu nome estará ali; para ouvires a oração que o teu ser­vo fiz­er, vol­ta-do para este lugar. Ouve, pois, a súpli­ca do teu ser­vo e do teu povo Israel, quan­do orarem vol­ta-dos para este lugar. Sim, ouve tu do lugar da tua habitação no céu; ouve e per­doa.” (1 Rs 8:28–30). E con­tin­ua: “Quan­do o teu povo Israel for der­ro­ta­do diante do inimi­go por ter peca­do con­tra ti; se eles voltarem a ti e con­fes­sarem o teu nome, e orarem e fiz­erem súpli­cas a ti nes­ta casa, ouve então do céu e per­doa a peca­do do teu povo Israel, e tor­na a levá-lo à ter­ra que deste a seus pais.” (1 Rs 8:33,34).

Eis mais alguns exem­p­los com uma palavra cor­re­la­ta, ‘pal­lal’ da qual provém ‘tephillah’: Ana ora­va ao Sen­hor pedin­do-lhe um fil­ho: “Con­tin­uan­do ela a orar per­ante o Sen­hor, Eli obser­vou a sua boca” e criticou‑a imaginando‑a bêbe­da. (1 Sm 1:12). Depois; Ana lev­ou-lhe a expli­cação: “Por este meni­no ora­va eu, e o Sen­hor aten­deu a petição que eu lhe fiz.” (1 Sm 1:27). Samuel tam­bém ora­va des­ta maneira: “E quan­to a mim, longe de mim este­ja de pecar con­tra o Sen­hor, deixan­do de orar por vos; eu vos ensinarei o cam­in­ho bom e dire­ito.” (1 Sm 12:23). E Deus tam-bém nos dá o sig­nifi­ca­do da oração: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humi-lhar, e orar, e bus­car a min­ha face, e se desviar dos seus maus cam­in­hos, então eu ouvirei do céu e per­doarei os seus peca­dos e sararei a sua ter­ra.” (2 Cr 7:14).

Igual­mente, o Sen­hor Jesus nos ensi­na acer­ca da oração: “E quan­do orardes não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sin­a­gogas e às esquinas das ruas para serem vis­tos pe-los home­ns. Em ver­dade vos digo que já rece­ber­am a sua rec­om­pen­sa.” (Mt 6:5). “Então foi Jesus com eles a um lugar chama­do Get­sê­mane, e disse aos dis­cípu­los: Sen­tai-vos aqui, enquan­to eu vou ali orar.” (Mt 26:36). “E, adi­antan­do-se um pouco, prostrou-se com o ros­to em ter­ra e orou, dizen­do: Meu Pai, se é pos­sív­el, pas­sa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.” (Mt 26:39). Observe­mos tam­bém este exem­p­lo: “Se vós, pois, sendo maus, sa-beis dar boas dádi­vas a vos­sos fil­hos, quan­to mais vos­so Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedi­rem?” (Mt 7:11). 

Porém, a casa do Sen­hor serve igual­mente para ado­rar e ouvir a voz de Deus, como Ele disse a Moisés: “E ali virei a ti, e de cima do prop­i­ci­atório, do meio dos dois queru­bins que estão sobre a arca do teste­munho, falarei con­ti­go a respeito de tudo o que eu te ordenar no tocante aos fil­hos de Israel.” (Êx 25:22). Nes­sa mes­ma casa Moisés supli­ca­va e ouvia a respos­ta: “Se eu, pois, ten­ho acha­do graça aos teus olhos, rogo-te que ago­ra me mostres os teus cam­in­hos, para que eu te co-nheça, a fim de que ache graça aos teus olhos; e con­sid­era que esta nação é teu povo. Respon­deu-lhe o Sen­hor: Eu mes­mo irei con­ti­go, e eu te darei des­can­so.” (Êx 33:13,14).

De for­ma idên­ti­ca acon­te­ceu com David: “Sucedeu depois dis­to que Davi con­sul­tou ao Sen­hor, dizen­do: Subirei a algu­ma das cidades de Judá? Respon­deu-lhe o Sen­hor: Sobe. Ain­da per­gun­tou Davi: Para onde subirei? Respon­deu o Sen­hor: Para Hebrom.” (2 Sm 2:1). “E Davi con­sul­tou ao Sen­hor, que respon­deu: Não subirás; mas rodeia-os por detrás, e virás sobre eles por defronte dos bal­sameiros.” (2 Sm 5:23). E Isaías deixou-nos uma pro­fe­cia sobre a ati­tude dos povos per­ante o Deus de Israel: “Irão muitos povos, e dirão: Vin­de, e sub­amos ao monte do Sen­hor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus cam­in­hos e andemos nas suas veredas, porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Sen­hor.” (Is 2:3).

Con­clusão
 Por con­seguinte, a casa de Deus serve, primeira­mente, para adorá-lo, depois, para suplicar os seus favores. Poder­e­mos, igual­mente, ouvir os seus mar­avil­hosos con­sel­hos para deter­mi­nadas ocasiões. E a oração é a maneira de nos diri­gir­mos a Deus a fim de lhe apre­sen­tar­mos as nos­sas súpli­cas segun­do as neces­si­dades de cada dia. Por isso, ore­mos sem ces­sar e façamo-lo con­hece-dor nas nos­sas carên­cias. Porém, façamos isso em nome de Jesus, con­forme Ele ensi­nou: “Em ver­dade, em ver­dade vos digo que tudo quan­to pedird­es ao Pai em meu nome, ele vo-lo con­cede-rá.” (Jo 16:23).

Con­stan­ti­no ferreira

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