A Expiação no NT

Conforme havemos observado anteriormenteDeus havia aborrecido os sacrifícios oferecidos somente para cumprimento do ritual religioso (cf. Is.1.10–13). O Senhor requeria deles mais do que práticas religiosas. Ele esperava dos ofertantes um arrependimento sincero e uma mudança correspondente à Sua santidade. Mas o sangue dos animais era impotente para tirar a raiz do pecado. Por este motivo, havia necessidade que alguém semelhante ao homem fosse sacrificado em lugar do homem. Era, pois, necessária uma nova expiação que perdoasse e libertasse o homem do pecado.

A Expiação no Novo Testamento

A cruz é o centro dos dois testamentos. Tudo quanto está revelado no Antigo Testamento são sombras da realidade cumprida no Novo Testamento (Hb. 10.1). Esses escritores olhavam com fé para a frente; enquanto os do N.T. olharam para trás relacionando os acontecimentos com as profecias. Cada qual escreveu conforme a sua visão das coisas, porém, todos concordam que a expiação está fundamentada no amor de Deus.

Paulo afirma que o seu pensamento gira somente à volta da cruz de Cristo; “porque nada me propus saber entre vós senão a Cristo e este crucificado” (1 Co. 2.2). Cristo e a cruz constam na mensagem central das Escrituras visando a formação do reino de Deus.

Porém, o fundamento da salvação é o amor eterno de Deus, tal como está revelado em Jeremias 31.3: “Com amor eterno te amei, também com admirável benignidade te atraí.” E, porque o amor cobre todas as transgressões (Pv. 10.12) Deus enviou, no tempo apropriado, o Seu amado Filho a fim de remir os pecadores da condenação (Gl. 4.4,5). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigénito para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna” (Jo. 3.16). Paulo afirma que a prova do amor de Deus está em que Cristo morreu por nós sendo nós ainda pecadores (Rm. 5.8). Só o amor eterno poderia oferecer um sacrifício de valor eterno a fim de justificar os pecadores para a vida eterna.

Uma ilustração muito bela do amor encontra-se na prontidão de Abraão em sacrificar o seu único filho, Isaque, como prova do seu amor a Deus (Gn. 22). A ilustração maior da prova do amor de Deus está na cruz, onde Ele sacrificou o Seu único Filho pelos pecadores; como Jesus disse: “Ninguém tem maior amor do que este; de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (Jo. 15.13). E acerca do maravilhoso resultado da sua morte, disse Jesus: “E eu, quando for levantado da terra todos atrairei a mim” (Jo. 12.32).

Consideremos três testemunhos de profetas bem distantes acerca da vinda do Salvador. David entendeu, cerca de mil anos antes, que a vinda desse homem santo, e filho de Deus, constava das Sagradas Escrituras (Sl. 40.6–8). A mesma expressão foi usada pelo autor de Hebreus: “Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro para estabelecer o segundo” (cf. Hb. 10.5–9).

Isaías previu, cerca de setecentos anos antes, a nova expiação, efectuada pelo Cordeiro de Deus, devido ao Seu grande amor (Is. 53). Jeremias proclamou, cerca de seiscentos anos antes, a nova aliança que Deus faria com o seu povo (Jr. 31.31–33). Esta nova aliança tem valor eterno para todos os que crêem, como diz Deus: “E farei com eles um concerto eterno, que não se desviará deles, para lhes fazer bem (Jr. 32.40).

O homem da expiação era o Verbo feito carne que habitou entre nós, conforme revelado a João (Jo. 1.14, 29). A José foi revelado que o filho de Maria, sua mulher, seria o Salvador do povo (Mt.1.21).

A seguir: Aspectos da Expiação

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