A Unidade Cristã

A unidade consta no plano de Deus (Ef. 1.9,10). A aceitação de Cristo é o princípio essencial para a unidade. Em Cristo não há mais judeu nem grego, não há servo nem livre, não há macho nem fêmea, porque todos somos um nele. Porque todos os que fomos baptizados em Cristo já nos revestimos de Cristo e formamos um corpo unido (1 Co. 12.13; Gl. 5.27,28). Pela cruz, quis destruir as inimizades e reconciliar-nos com Deus, a fim de criar em si mesmo um novo Homem (Ef. 2.15,16).

O cristão tem a responsabilidade de promover e preservar a unidade do corpo de Cristo porque ele não pode estar retalhado. Contudo, para que isso aconteça é preciso reconhecer o direito à diferença. Assim como um jardim é belo com variadas plantas e flores, também no corpo de Cristo há variados membros e vocações, cuidando uns dos outros (1Cor. 12.14–26).

O mandamento de Cristo para manter a unidade é este: “Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei a vós” (Jo. 13.34). O conselho de Cristo para manifestar esse amor é: “Se o teu irmão pecar vai e repreende‑o entre ti e ele só. Se te ouvir ganhaste a teu irmão; mas se te não ouvir leva ainda contigo um ou dois para que pela boda de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.” E ensinou a perdoar até setenta vezes sete, o que significa não se cansar do perdão (Mt. 18. 15, 16, 22). Manter boas relações sociais é indispensável para preservar a unidade no corpo de Cristo.

Paulo aconselha que os cristãos devem ser imitadores de Deus como filhos amados, e andar em amor como também Cristo nos amou, e perdoando-nos uns aos outros como também Ele nos perdoou (Ef. 4.32; 5.1,2). Somos também aconselhados a procurar a paz e a segui-la como o meio mais prático para preservar a unidade espiritual (Ef. 4.3). Ele ainda nos dá este conselho: “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós que sois espirituais encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gl. 6.1,2). O auxílio mútuo é essencial para preservar a unidade no corpo de Cristo.

Um grande exemplo foi dado por Cristo, a fim de servir de modelo aos nossos relacionamentos. Quando estava ceando, levantou-se da mesa, tomou uma bacia e uma toalha, lavou os pés aos discípulos e disse: “Eu vos dei o exemplo, para que como eu vos fiz, façais vós também” (Jo. 13.14,15). Não achamos, hoje, necessidade de lavar os pés uns aos outros, mas podemos servir-nos mutuamente nas coisas necessárias à vida contemporânea. Se Cristo era Senhor e serviu, não podemos nós ficar indiferentes ao seu exemplo, deixando de servir quando houver necessidade disso. O discípulo de Cristo serve com amor, porque sabe que quem não vive para servir, não serve para viver.

CONCLUSÃO

Como cristãos, experimentamos diariamente o amor de Deus, e temos a responsabilidade de guardar o tesouro recebido, compartilhando‑o com todas as pessoas. Porque fomos justificados e feitos filhos de Deus  pela fé, somos responsáveis por divulgar a sua Palavra para que outros também aceitem o perdão. Temos a responsabilidade do ministério da reconciliação, proclamando a toda a gente o amor de Deus revelado no Calvário para que haja reconciliação. Além disso, somos responsáveis por contribuir fielmente para edificação do reino de Deus, assistindo aos cultos, orando diariamente e suprindo as necessidades na Casa do Senhor. Assim seja.

Ler ainda Como Preservar a Unidade

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