As Seitas na Bíblia

O evan­ge­lista Mateus men­ciona dois gru­pos sep­a­ra­dos no judaís­mo, des­ta for­ma: “E, ven­do ele (João Batista) muitos dos fariseus e dos saduceus, que vin­ham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víb­o­ras, quem vos ensi­nou a fugir da ira futu­ra? Pro­duzi, pois, fru­tos dig­nos de arrependi­men­to” (Mat. 3:7–8). No livro de Atos encon­tramos men­ciona­do out­ro grupo mais recente, os nazarenos, e alvo de perseguição.

Sei­ta é qual­quer grupo sep­a­ra­do do orig­i­nal, cujas práti­cas exce­dem a nor­mal­i­dade, neste caso, do tex­to bíbli­co. Eram reli­giosos, acred­i­tavam nas Escrit­uras, mas não demonstra­vam sinais de vida nova. 

Os fariseus eram a prin­ci­pal sei­ta den­tro do judaís­mo, cujo nome sig­nifi­ca sep­a­ra­dos, pu­ros, mas que exager­avam nal­guns pon­tos. Por exem­p­lo: “E os fariseus, ven­do isto, dis­ser­am aos seus dis­cípu­los: Porque come o vos­so Mestre com os pub­li­canos e pecadores?” (Mat 9:11).

Eles não socia­bi­lizavam com os tais e esper­avam que Jesus pro­cedesse de modo semelhante. 

Mas, o Sen­hor veio para chamar os pecadores ao arrependi­men­to. Ale­gavam que Jesus expul­sa­va demónios pelo príncipe dos demónios. Acusavam ain­da que os dis­cípu­los de Jesus agiam injusta­mente no sába­do, col­hen­do espi­gas para com­er. Acon­sel­hou então Jesus e disse-lhes: “Estai aten­tos e acaute­lai-vos do fer­men­to dos fariseus e dos saduceus” (Mat 16:6).

Os saduceus eram um grupo menor, com­pos­to por sac­er­dotes, que afir­mavam não haver ressur­reição, nem anjos, nem espíritos. Como está escrito: “Porque os saduceus dizem que não há ressur­reição, nem anjos, nem espíri­tos; mas os fariseus recon­hecem uma e out­ra coisa” (Act 23:8). Cer­ta vez, man­i­fes­taram inve­ja dos após­to­los e meter­am-nos na prisão. Como está escrito: “E, lev­an­­tan­do-se o sumo sac­er­dote, e todos os que estavam com ele (e eram eles da sei­ta dos saduceus), en­cher­am-se de inve­ja, e lançaram mão dos após­to­los e os puser­am na prisão públi­ca” (Ats 5:17–18).

Os nazarenos eram os dis­cípu­los de Jesus Cristo, por ser nat­ur­al de Nazaré. Era o grupo mais re­cente e o menor. Todavia Jesus veio com a impor­tante mis­são de refor­mar a teolo­gia judaica à luz das Escrit­uras inspiradas. 

Paulo foi o primeiro a perseguir o grupo nazareno: “E Saulo, res­pi­ran­do ain­da ameaças e mortes con­tra os dis­cípu­los do Sen­hor, dirigiu-se ao sumo sac­er­dote e pediu-lhe car­tas para Dam­as­co, para as sin­a­gogas, a fim de que, se encon­trasse alguns daque­la sei­ta, quer home­ns quer mul­heres, os con­duzisse pre­sos a Jerusalém” (Ats 9:1–2).

Depois da sua con­ver­são, Saulo começou a ser acu­sa­do de prin­ci­pal defen­sor dos nazarenos, como está escrito: “Temos acha­do que este homem é uma peste, e pro­mo­tor de sedições entre todos os judeus por todo o mun­do, e o prin­ci­pal defen­sor da sei­ta dos nazarenos” (Ats 24:5). Mas Paulo con­trapõe: “Mas con­fes­so-te isto que, con­forme aque­le cam­in­ho que chamam sei­ta, assim sir­vo ao Deus de nos­sos pais, cren­do tudo quan­to está escrito na lei e nos pro­fe­tas” (Ats 24:14).

Saulo, que era um fariseu ded­i­ca­do, veio a ser chama­do Paulo por con­ver­são, e foi o grande disse­minador do evan­gel­ho do reino e óti­mo doutri­nador da Igre­ja de Cristo. O pequeno grupo ini­ci­a­do por Cristo cresceu de tal for­ma, vin­do a tornar-se grande no mun­do, e o cor­po vivo do Cristo res­surreto, sub­mis­so às Escrit­uras Inspiradas.

Advertên­cia e con­sel­ho de Tia­go: “Mas vós, ama­dos, lem­brai-vos das palavras que vos foram predi­tas pelos após­to­los de nos­so Sen­hor Jesus Cristo; os quais vos diziam que nos últi­mos tem­pos ha­veria escarnece­dores que andari­am segun­do as suas ímpias con­cu­pis­cên­cias. estes são os que cau­sam divisões, sen­suais, que não têm o Espíri­to. Mas vós, ama­dos, edi­f­i­can­do-vos a vós mes­mos so­bre a vos­sa san­tís­si­ma fé, oran­do no Espíri­to San­to, conser­vai-vos a vós mes­mos no amor de Deus, esperan­do a mis­er­icór­dia de nos­so Sen­hor Jesus Cristo para a vida eter­na” (Jud 1:17-21).

Ler + O Cristão e as Seitas

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