Homens Maltratados

Hebreus 11:36 –38

… “e out­ros exper­i­men­ta­ram escárnio e açoites, e ain­da cadeias e prisões. Foram ape­dre­ja­dos e ten­ta­dos; foram ser­ra­dos ao meio; mor­reram ao fio da espa­da; andaram vesti­dos de peles de ovel­has e de cabras, neces­si­ta­dos, afli­tos e mal­trata­dos (dos quais o mun­do não era dig­no), errantes pelos deser­tos e montes, e pelas covas e cav­er­nas da terra.” 

Questão

Por que moti­vo os ser­vos de Deus tiver­am, ou têm, de sofr­er como aque­les heróis da fé? Não teria Deus poder para livrá-los de tal sofri­men­to? Uma coisa sabe­mos acer­ca dis­to: Eles foram um grande exem­p­lo de obe­diên­cia e fidel­i­dade a Deus. 

Eis uma peque­na lista de indi­ví­du­os impor­tantes men­ciona­dos na Bíblia que, por causa da sua justiça e da função ao serviço de Deus, foram rejeita­dos, mal­trata­dos e, alguns, mortos.

Abel foi despreza­do, mal­trata­do e mor­to pelo seu irmão Caim, porque era jus­to e o seu sac­ri­fí­cio agradou a Deus. “Abel tam­bém trouxe dos pri­mogéni­tos das suas ovel­has e da sua gor­du­ra. Ora, aten­tou o Sen­hor para Abel e para a sua ofer­ta…” (cf. Gn 4:4). Ele teve o ver­dadeiro sen­ti­men­to do plano de Deus quan­to ao sac­ri­fí­cio ani­mal a ofer­e­cer futu­ra­mente no altar, o qual era uma figu­ra típi­ca do sac­ri­fí­cio humano de  Jesus, o fil­ho de Deus, pela humanidade. Todavia, Abel, emb­o­ra mor­to, ain­da vive, sobre­tu­do na pre­sença de Deus, que o rece­beu jun­to de Si. Porque, “Pela fé, Abel ofer­e­ceu a Deus mais exce­lente sac­ri­fí­cio que Caim, pelo qual alcançou teste­munho de que era jus­to, dan­do Deus teste­munho das suas ofer­en­das, e por meio dela depois de mor­to, ain­da fala.” (Hb 11:4).

Noé, porque era jus­to e ami­go de Deus, foi escol­hi­do e nomea­do para anun­ciar o juí­zo divi­no através do dilúvio, como está escrito: “Viu Deus a ter­ra, e eis que esta­va cor­romp­i­da, porque toda a carne havia cor­rompi­do o seu cam­in­ho sobre a ter­ra. Então disse Deus a Noé: O fim de toda carne é chega­do per­ante mim, porque a ter­ra está cheia da vio­lên­cia dos home­ns; eis que os destru­irei jun­ta­mente com a ter­ra.” (Gn 6:12,13). Ten­do pre­ga­do durante cen­to e vinte anos, foi toma­do por louco, visionário e vel­ho caduco, e ninguém deu crédi­to à sua men­sagem. O resul­ta­do foi nat­ur­al e con­forme a lei da sementeira. Aque­les que o rejeitaram foram, por con­se­quên­cia, rejeita­dos e não pud­er­am entrar na arca da sal­vação. Afi­nal os seus avi­sos estavam cer­tos. E a sua exper­iên­cia foi usa­da por Jesus como sinal para os últi­mos dias. Porquan­to, pela fé Noé, div­ina­mente avisa­do das coisas que ain­da se não viam, sendo temente a Deus, preparou uma arca para o sal­va­men­to da sua família; e por esta fé con­de­nou o mun­do e tornou-se herdeiro da justiça que é segun­do a fé.” (Hb 11:7). 

José, fil­ho de Jacó, foi rejeita­do, mal­trata­do e ven­di­do como escra­vo, porque tin­ha visões acer­ca da mis­são que Deus preparara para ele (cf. Gn 37). Foi parar à corte de Faraó, no Egip­to, onde sofreu provações e até foi pre­so dev­i­do à sua casti­dade: “Então o sen­hor de José o tomou e o lançou no cárcere, no lugar em que os pre­sos do rei estavam encar­cer­a­dos; e ele ficou ali no cárcere.” (Gn 39:20). Ape­sar destas provações José tornou-se grande por causa de sua fidel­i­dade e sabedo­ria, con­forme o rela­to bíbli­co: “Depois disse Faraó a José: Porquan­to Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão enten­di­do e sábio como tu. Tu estarás sobre a min­ha casa, e por tua voz se gov­ernará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu.” (Gn 41:39,40). Anos mais tarde, seus irmãos, em neces­si­dade, tiver­am de procu­rar socor­ro no Egip­to e encon­traram-se com o rejeita­do, que lhes salvou a vida ali­men­tan­do-os em tem­po de fome (cf. Gn 42). Afi­nal as suas visões estavam cer­tas porque cumpri­ram-se integralmente. 

Moisés foi sal­vo e escol­hi­do por Deus para ser cri­a­do no palá­cio de Faraó a fim de poder lib­er­tar o seu povo da escravidão. Ele teve, no monte Horebe, uma exper­iên­cia sobre­nat­ur­al com Deus. O Sen­hor apare­ceu-lhe em visões e, falan­do, convidava‑o a entrar em acção conc­re­ta e tirar os escravos do Egip­to, como está escrito: “Ago­ra, pois, vem e eu te enviarei a Faraó para que tireis do Egip­to o meu povo, os fil­hos de Israel.” (Êx 3:10). Quan­do já estavam a cam­in­ho da ter­ra prometi­da, logo se levan­tou quem rejeitasse a sua lid­er­ança, e o movi­men­to foi tal que até se queixou a Deus de quase o quer­erem ape­dre­jar, con­forme a sua lamen­tação: “Pelo que Moisés, cla­man­do ao Sen­hor, disse: Que hei de faz­er a este povo? daqui a pouco me ape­dre­jará.” (Êx 17:4). Como resul­ta­do, sua irmã Miri­am ficou lep­rosa, e out­ros foram engoli­dos pela ter­ra, que abriu a sua boca para tragá-los.

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