Fidelidade das Escrituras

Bíblia SagradaA cred­i­bil­i­dade de qual­quer rela­to depende sem­pre da obser­vação de dois fac­tores: o carác­ter do próprio escritor e a veraci­dade evi­dente dos fac­tos. As Sagradas Escrit­uras inspi­ram con­fi­ança, não somente porque sat­is­fazem aque­les dois fac­tores, mas são com­pro­vada­mente fidedig­nas por evidên­cias inter­nas e externas.

 Evidên­cias inter­nas de credibilidade

A fidel­i­dade do Anti­go Tes­ta­men­to é com­pro­va­da por Cristo e pelos após­to­los. Cristo é uma teste­munha digna de con­fi­ança. Ele men­cio­nou muitos escritos do Anti­go Tes­ta­men­to, con­fir­man­do a sua veraci­dade, e afir­mou que veio cumprir a Lei e os Pro­fe­tas. Os após­to­los usaram o Anti­go Tes­ta­men­to como a base para a sua men­sagem de sal­vação. Eles pre­ocu­param-se em provar por aque­las Escrit­uras que Jesus era o cumpri­men­to das pro­fe­cias con­ti­das no A.T. Pedro fun­da­men­tou o seu ser­mão, no dia de pen­te­costes (Act. 2 e 3) em pas­sagens do A.T. Estêvão fez uma exposição históri­ca do A.T. em sua defe­sa (Act. 7). Paulo con­fir­ma que toda a Escrit­u­ra é inspi­ra­da por Deus e digna de con­fi­ança (Tm. 3.16). Pedro afir­ma que a pro­fe­cia foi inspi­ra­da por Deus, por isso é digna de con­fi­ança (2 Pd. 1.21). A avaliar pelos sofri­men­tos exper­i­men­ta­dos somos lev­a­dos a con­fi­ar no seu testemunho.

A fidel­i­dade do Novo Tes­ta­men­to e com­pro­va­da pela con­fi­ança nos seus autores e pela har­mo­nia do seu con­teú­do. Teste­munhas con­tem­porâneas, como Lucas, ates­tam a fidel­i­dade dos escritos do N.T. “Ten­do, pois, muitos empreen­di­do pôr em ordem a nar­ração dos fac­tos que entre nós se cumpri­ram, segun­do nos trans­mi­ti­ram os mes­mos que os pres­en­cia­ram des­de o princí­pio, e foram min­istros da palavra, pare­ceu-me tam­bém a mim con­ve­niente descrevê-los a ti, ó exce­lente Teó­fi­lo, por sua ordem, haven­do-me já infor­ma­do min­u­ciosa­mente de tudo des­de o princí­pio, para que con­heças a certeza das coisas de que já estás infor­ma­do” (Lc. 1.1–4).

Como obser­va­mos, havia alguém pre­ocu­pa­do em infor­mar seri­amente sobre os fac­tos ref­er­entes a Jesus. Além dis­so, ele é con­sid­er­a­do por Paulo como “o médi­co ama­do, seu com­pan­heiro.” Lucas é uma teste­munha digna de con­fi­ança. Ape­sar da diver­si­dade de escritores, num perío­do aprox­i­ma­do de cinquen­ta anos, o Novo Tes­ta­men­to rev­ela uma extra­ordinária har­mo­nia do seu con­teú­do. O seu tema cen­tral gira sem­pre à vol­ta de Cristo como o cumpri­men­to per­feito das pro­fe­cias do Anti­go Tes­ta­men­to. A har­mo­nia do con­teú­do pode ser obser­va­da nas refer­ên­cias de rodapé da Bíblia e numa Con­cordân­cia Bíblica.

Evidên­cias exter­nas de credibilidade

A con­fi­ança do Anti­go Tes­ta­men­to é com­pro­va­da pela História, pela Arque­olo­gia e pela exper­iên­cia humana. Enquan­to a História con­tém relatos com­pro­v­a­tivos da veraci­dade da Bíblia ao men­cionar per­son­al­i­dades, lugares e fac­tos ocor­ri­dos cita­dos, a Arque­olo­gia bíbli­ca lança luz sobre esse panora­ma históri­co com as suas notáveis descober­tas. E a exper­iên­cia humana con­fir­ma a veraci­dade da nar­ra­ti­va bíbli­ca. Por exem­p­lo, com­para­n­do as nar­ra­ti­vas bíbli­ca e babilóni­ca sobre a cri­ação ver­i­fi­ca-se que ambas recon­hecem uma época em que a ter­ra era sem for­ma e vazia.

 A Arque­olo­gia fornece muitas infor­mações sobre os povos e seus cos­tumes ao lon­go da História. Por exem­p­lo, “a cidade de Ur, na Suméria do sul, foi com­ple­ta­mente escav­a­da por Leonard Woo­ley (1922–34), e foi demon­stra­do que era uma cidade grande com civ­i­liza­ção flo­res­cente, que des­fru­ta­va duma civ­i­liza­ção avança­da cer­ca de 2000 antes de Cristo, e que seria pre­cisa­mente o perío­do de Abraão.”(Cf.Merece con­fi­ança o Anti­go Tes­ta­men­to, pg. 187).

As picare­tas dos arqueól­o­gos, entre 1907 e 1909, puser­am a descober­to a dupla mural­ha de Jer­icó, con­quis­ta­da por Josué, a qual rev­ela vestí­gios de um incên­dio, como as Escrit­uras relatam: que o muro caiu, e o povo subiu à cidade, e tudo quan­to nela havia queimaram a fogo (cf. Js. 6.20,24). Os mate­ri­ais encon­tra­dos no sub­so­lo têm sido de grande util­i­dade na con­fir­mação da veraci­dade da Bíblia. “A descober­ta das inscrições de Sargão, há uns cem anos, assemel­ha-se a uma história român­ti­ca da fan­tás­ti­ca ter­ra dos Cal­i­fas. Não deixa de ser, por isso, um mar­co milenário da arque­olo­gia. Com ele soou a hora do nasci­men­to da Assiri­olo­gia, cujos acha­dos arque­ológi­cos, que tan­to inter­esse des­per­taram, con­feri­ram a muitas nar­rações bíbli­cas o carác­ter de ver­dadeira e autên­ti­ca história.” (Cf. A Bíblia tin­ha razão, pg. 237). Podemos con­fi­ar na sua fidel­i­dade porque é a Palavra de Deus, rev­e­la­da e inspi­ra­da por Deus.

A exper­iên­cia dos crentes ao lon­go dos sécu­los con­fir­ma a exac­tidão das Escrit­uras. Um exem­p­lo dessa exper­iên­cia encon­tra-se no evan­gel­ho de João capí­tu­lo qua­tro, que rela­ta a con­fi­ança da mul­her samar­i­tana no cumpri­men­to das Escrit­uras (Jo. 4.29), e como os seus con­vi­da­dos, para ouvirem as palavras de Cristo, con­fes­saram a sua con­vicção de que a pro­fe­cia sobre o Mes­sias esta­va cumpri­da (Jo. 4.42). Out­ro exem­p­lo do que está acon­te­cen­do, como exper­iên­cia de muitos crentes, é o cumpri­men­to da pro­fe­cia de Joel, a recepção do Espíri­to San­to, cor­rob­o­ra­da por Pedro no dia de Pen­te­costes (Act. 2.16,17; 38,39). Ain­da out­ro, é a mul­ti­dão de vidas trans­for­madas e curadas por estarem em con­tac­to com a Palavra de Deus, porque a Sua Palavra trans­mite espíri­to e vida nova aos que nela crerem.

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