Israel em Portugal

ISRAEL EM PORTUGAL

Os primeiros hebreus terão chegado à península ibérica nas naus dos fenícios, que comercializavam por aqui, no tempo de Salomão, cerca de 950 a.C. Depois aparece outra data, referente à fuga de judeus, no tempo da conquista de Nabucodonozor, no século VI A.C.  O apóstolo Paulo, cerca de 54–55 d.C., dirige-se aos cristãos em Roma deste modo: “Quando partir para Espanha, irei ter convosco” (Rom. 15:24). Mais tarde, no ano 70 d.C., o exército romano destrói Jerusalém e muitos judeus fogem para a Península Ibérica. Sefarad é o nome hebraico da península ibérica. e os judeus da península são chamados sefarditas. (Clicar nas fotos para aumentar)

Locais Sefardi­tas

Quando D. Afonso Henriques conquistou Santarém, no século XII, existia ali uma comunidade judaica, cujo primeiro rabi-mor foi Yahai ben Yahai, que era muito amigo do rei e o ajudou na sua tarefa.

D. Afonso III, no século XIII, regulou o sistema do rabinato judaico, e o rabi-mor tornou-se funcionário da corte. Devido ao batismo geral forçado, no século XV, muitos judeus emigraram em busca de liberdade. Este mapa contém as localidades de Portugal com comunidades judaicas.

Restaram em Portugal cerca de 300.000 judeus, ou cristãos novos, sendo a população geral, na época, cerca de 1.500.000 pessoas.

In, Cesana, Laura. Vestígios Hebraicos em Portugal, 2ª edição, Lisboa 1998.

Aconteceu um massacre em Lisboa, a 19 de Abril de 1506, domingo de pascoela, uma grande tragédia que ceifou a vida a mais de 4000 mil judeus sefarditas, ou cristãos-novos, que tinham recebido o batismo para salvar suas vidas. Na tarde daquele dia, na capela do Convento de S. Domingos em Lisboa, alguém reparou no brilho anormal num crucifixo, sendo imediatamente considerada uma luz milagrosa. O rumor logo se espalhou, e a igreja encheu-se de fiéis curiosos. Então, alguém disse que não era milagre, mas apenas o reflexo de uma candeia acesa.

A pessoa que lançou essa ideia, era um cristão-novo, ou seja, um judeu recém-convertido ao cristianismo. Foi imediatamente arrastado para o exterior da capela, onde foi agredido e morto por uma multidão em fúria. A seguir, dois frades tomaram o dito crucifixo e, dirigindo uma pregação, alegaram que isso era sinal de que os judeus eram culpados da peste que sofriam na época, e eram dignos de morte.

Durante três dias, multidões descontroladas, com ajuda de marinheiros estrangeiros de navios ancorados no porto de Lisboa, mataram todos os cristãos novos nas ruas e casas da cidade, atingindo o número superior a quatro mil, segundo os cronistas Damião de Góis e Garcia de Resende.

O horrível episódio foi relembrado na evocação em 2006, a celebração dos 500 anos do extermínio e respetiva incineração, altura em que foi erguido um pequeno memorial às vítimas no local do incidente.

Recordamos o início das viagens marítimas, em 1415, que levaram à descoberta de novas terras, entre as quais se encontra o Brasil, descoberto por Pedro Álvares Cabral em 1500. Começaram, então, a chegar imigrantes portugueses, especialmente sefarditas em busca de liberdade e paz.

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