Jesus Carpinteiro

Em vir­tude do ensi­no de Jesus causar tan­ta admi­ração os judeus per­gun­taram se não seria ele o carpin­teiro, fil­ho de José e de Maria. Sem dúvi­da, Jesus des­de muito novo apren­dera a tra­bal­har a madeira. Era real­mente o carpin­teiro de Nazaré que durante anos fab­ricara instru­men­tos de lavoura jun­ta­mente com José. Podemos imag­iná-lo jun­to ao ban­co de carpin­teiro empun­han­do uma polaina para com ela des­bas­tar a madeira que Ele trans­for­ma­va de modo a torná-la útil na econo­mia agrí­co­la e sem ferir os animais.

O mes­mo Sen­hor pode, igual­mente, trans­for­mar-nos de maneira a ser­mos úteis na econo­mia espir­i­tu­al, no reino dos céus. Quan­do Jesus de Nazaré colo­ca sobre nós as suas div­inas mãos trans­for­mado­ras tor­namo-nos novas criat­uras. Paulo diz que se alguém está unido a Cristo é uma nova criação.

Aque­le que nos criou pode per­feita­mente regener­ar-nos de for­ma a ter­mos uma nova vida. O seu Espíri­to opera em nós dan­do-nos nova­mente a semel­hança div­ina que exis­tia no princí­pio, antes da que­da. E neste novo esta­do espir­i­tu­al coop­er­amos com Deus na expan­são do reino dos céus.

Habit­u­a­do a lidar com jugos, Jesus referiu-se a eles como uma bela ilus­tração da vida práti­ca para nos con­vi­dar a aceitar os seus man­da­men­tos, asse­gu­ran­do que não são difí­ceis. Dizia Ele: “Vin­de a mim todos os que estais cansa­dos e oprim­i­dos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e Apren­dei de mim, que sou man­so e humilde de coração, e encon­trareis des­can­so para as vos­sas almas” (Mt. 11.28). Quem estiv­er cansa­do da vida, das der­ro­tas e das aflições deste mun­do, aprox­ime-se de Jesus e apren­derá com Ele a maneira cor­rec­ta da vitória.

Cer­ta­mente, o Sen­hor teria imen­so cuida­do no fab­ri­co dos jugos para que não feris­sem os ani­mais e, des­ta for­ma, poderem tra­bal­har facil­mente. Sem dúvi­da que, assim como os seus jugos seri­am leves e macios para os ani­mais, tam­bém os seus man­da­men­tos o são para as pes­soas cri­adas à sua semel­hança. Na real­i­dade os seus man­da­men­tos não são pesa­dos nem difí­ceis de suportar.

O Sen­hor resum­iu toda a lei a dois man­da­men­tos que pode­ri­am trans­for­mar o mun­do caso as pes­soas estivessem dis­postas a viv­er dessa maneira. Hei-los: “Amarás, pois, ao Sen­hor de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendi­men­to, e de todas as tuas forças; este é o primeiro man­da­men­to. E o segun­do, semel­hante a este, é: Amarás o próx­i­mo como a ti mes­mo. Não há out­ro man­da­men­to maior do que estes” (Mc. 12.29, 30). 

O após­to­lo Paulo asse­gu­ra que o amor é o cumpri­men­to de toda a lei. Pois aque­le que ama não prej­u­di­ca, só edi­fi­ca. João diz-nos que Deus é amor; e quem está em amor está em Deus e Deus nele. Somente a pre­sença do Espíri­to de Cristo nos con­cede o amor rev­e­la­do no calvário e só este pro­va a pre­sença de Deus na vida duma pes­soa. Ele tam­bém disse que se alguém não ama não con­hece a Deus, porque Deus é amor. Para coop­er­ar­mos com Ele deve­mos sub­me­ter-nos à lei do amor. Sem este todo o esforço humano fal­hará na bus­ca duma solução sat­is­fatória. Amar a Deus e ao próx­i­mo é o supre­mo man­da­men­to de Cristo para a paz.

O jugo de Jesus tor­na a vida mais agradáv­el, pois quan­do real­izamos algo por amor não sen­ti­mos que isso seja um far­do pesa­do. Quem quer des­fru­tar o praz­er de viv­er deve começar a amar como Cristo amou. Ele disse: “Um novo man­da­men­to vos dou: Que vos ameis uns aos out­ros como eu vos amei a vós; e assim todos con­hecerão que sois meus dis­cípu­los, se vos amardes uns aos out­ros” (Jo. 13:34,35).

João assev­era que “nós sabe­mos que passá­mos da morte para a vida porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão per­manece na morte” (1 Jo. 3.14). E dele temos este man­da­men­to: Que quem ama a Deus ame tam­bém a seu irmão. Paulo ensi­na que o amor é o cumpri­men­to de toda a lei.

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