O Cristão e as Seitas

Bíblia à mesaO cristão encontra-se com muitas pes­soas, cujas convicções religiosas são incorretas à luz da Bíblia. Por este motivo, devemos saber reconhecer os tais para poder esclarecê-los, se possí­vel, e, ao mesmo tempo, livrarmo-nos de cair nas suas ciladas. O apóstolo Paulo menciona a Igreja de Cristo como a coluna e firmeza da verdade (1 Tim. 3:15). Por conseguinte, é ne­cessário que cada cristão conheça as doutrinas bíblicas fundamentais para reconhecer as espúrias e as rejeitar como antibíblicas.

O Senhor avisou-nos que nos últi­mos tempos se levantariam muitos fal­sos pregadores que enganariam a mui­tos (Mat. 24:11). Sem dúvida, no início do nosso século eram insignificantes. Estamos agora a deparar-nos com o aparecimento de seitas por toda a par­te para o cumprimento da palavra pro­fética. Este fenómeno não se poderá evitar, porque é profético; porém, pode­remos livrar-nos das suas malhas. Com efeito, Paulo escreveu: Mas o Espí­rito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a dou­trinas de demónios (1 Tim. 4:1). Todos os ensinos devem ser examinados à luz da Bíblia, a genuína Palavra da Deus, a qual não muda, e os que não concorda­rem com ela terão de ser rejeitados, pois são falsos.

Muitas pessoas reclamam-se de per­tencer à Igreja de Cristo sem, contudo, possuírem a Bíblia como única regra de fé e prática. Além disso, torcem a men­sagem do Salvador para sua própria per­dição e dos que lhes dão ouvidos. Todas as pessoas que não dão a proeminência à Sagrada Escritura, ou forçam o seu sentido para emitir as suas opiniões, de­verão ser analisadas com atenção e ad­vertidas do seu erro.

O apóstolo Paulo sentiu a necessi­dade de alertar os cristãos acerca dos falsos mensageiros: “Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cris­to. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz (2 Cor. 11:13,14). É preciso notar que um profundo conhecimento das Escrituras, ou o facto de alguém as mencionar com facilidade, não significa fidelidade ao Senhor e à Sua doutrina.

Como poderemos, então, distinguir os nossos irmãos em Cristo? Em quem de­vemos confiar e com quem devemos adorar conjuntamente? Não vamos aqui dar uma lista das seitas e suas doutri­nas, porque seria fastidioso, mas deixa­remos o método prático para as desco­brir. Consta de cinco pontos, tantos como os dedos da mão, e fáceis de assimilar.

I. A Bíblia é a Palavra de Deus e a única regra de fé e vida?

Se a pessoa possuir outras bases para a fé, tal como tradição, livros, revelações, etc., naturalmente estamos na presença de alguém que vive no erro e urge esclarecer, se nos der oportunida­de para isso. Vejamos o que o Senhor dis­se acerca da Bíblia: “Santifica-os na verdade, a tua Palavra é a verdade” (João 17:17). E continua: “…quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, e não en­trará em condenação…” (João 5:24).

Também o apóstolo Paulo se refere à Palavra de Deus desta forma: Toda a Escritura é divinamente inspirada e pro­veitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfei­to, e perfeitamente instruído para toda a boa obra (2 Tim. 3:16). Pelo exposto conclui-se que a Sagrada Escritura basta para salvação dos pecadores e para os conduzir nos caminhos da justiça.

No livro bíblico de Deuteronómio está escrito: Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus (Deut. 4:12). A Pa­lavra de Deus é a autoridade máxima em matéria de fé e vida, e todo aquele que a seguir viverá por ela. Não é, contudo, interdito ler comentários bíblicos, logo que à Bíblia seja dada autoridade superior.

II. JESUS é o Messias que veio em carne e morreu na cruz para libertar o homem da condenação e do pecado?

A profecia aponta para o nascimen­to de um varão nascido de mulher; por­tanto, seria de carne como ela (Is. 7:14). Então, isso aconteceu quando Maria deu à luz o seu primogénito, a quem chamaram Je­sus (Mat. 1:25). No Evangelho de S. João está escrito que aquele que no princípio era a Palavra (o Logos) tomou a forma hu­mana e manifestou a glória de Deus (João 1:14). Foi nesta forma que viveu entre os homens e cumpriu o Seu ministério de salvação. Mesmo quando os discípulos julgavam ter um espírito na sua presença, porque O viam andar sobre às águas. Ele esclareceu que não era um fantasma, pois possuía corpo como eles (Mat. 14:26,27).

O apóstolo João, para combater os gnósticos do seu tempo, escreveu na sua primeira carta o seguinte conselho, que nos deve servir de orientação: Amados, não creiais em todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo (1 João 4:13). Continua AQUI

 

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