O Culto da Igreja

A Igre­ja tem por mis­são primária cul­tu­ar a Deus, seu Cri­ador, Sal­vador e Prove­dor. O segun­do aspec­to con­s­ta da pre­gação do evan­gel­ho do reino, e de ensi­nar as ver­dades apos­tóli­cas con­cer­nentes à vida cristã. O propósi­to de Jesus é: “Ao Sen­hor teu Deus ado­rarás, e só a Ele servirás” (Mt. 4.10).

Lou­vor e ado­ração é a primeira refer­ên­cia de cul­to pela Igre­ja exis­tente em Actos 2.46. Por aqui se depreende que have­ria duas espé­cies de reunião. Diari­a­mente, entravam no tem­p­lo, porque eram judeus e ali ado­ravam ao ver­dadeiro Deus. Nas casas cel­e­bravam o memo­r­i­al da san­ta ceia, porque não podi­am fazê-lo no tem­p­lo, e comen­tavam sobre o Sen­hor Jesus Cristo.

Várias expressões de lou­vor e ado­ração encon­tram-se no livro dos salmos. Do salmo 95 extraí­mos esta: “Vin­de, can­te­mos ao Sen­hor, can­te­mos com júbi­lo à rocha da nos­sa sal­vação. Apre­sen­te­mo-nos ante a sua face com lou­vores e cele­bre­mo-lo com salmos, porque o Sen­hor é Deus grande e Rei grande” (Sl. 95.1–3). No salmo 117 lê-se assim: “Lou­vai ao Sen­hor todas as nações, louvai‑o todos os povos; porque a sua benig­nidade é grande para connosco e a ver­dade do Sen­hor é para sem­pre. Lou­vai ao Sen­hor.” Todas as expressões de lou­vor são “aleluia”.

Impor­ta que a Igre­ja adore em espíri­to e em ver­dade, porque Deus bus­ca ser assim ado­ra­do (Jo. 4.23,24). Para isto parece-nos uma boa expli­cação a refer­ên­cia de Jesus ao pro­fe­ta Isaías que diz: “Este povo hon­ra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mc. 7.6; Is. 29.13). Há ain­da neces­si­dade que a igre­ja se con­gregue num lugar para ado­ração con­jun­ta (1 Co. 14.26). Uma nor­ma sim­ples das reuniões cristãs prim­i­ti­vas encon­tra-se naque­le tre­cho entre os ver­sos 26 e o 33.

O cul­to deve con­ter cân­ti­cos, dout­ri­na, rev­e­lação, lín­gua, inter­pre­tação, e pro­fe­cia, visan­do a edi­fi­cação de todos. Mas, falem somente dois ou três, não mais. As lín­guas devem ser inter­pre­tadas de for­ma a edi­ficar a igre­ja (1 Co.14.27). Deve haver lugar para os pecadores ouvirem a men­sagem da sal­vação; e per­ante ess­es não é acon­sel­ha­do falar em lín­guas estra­nhas, porque não enten­dem (1 Co. 14.24,25).

O lugar das mul­heres no cul­to cristão era estarem aten­tas, sem tagare­lar umas com as out­ras, per­tur­ban­do deste modo o cul­to, com inter­ro­gatórios sobre o que não enten­di­am (1 Co. 14.34–36). Isto não sig­nifi­ca que está veda­do à mul­her orar e procla­mar a Palavra de Deus. Porém, tudo deve ser feito com decên­cia e ordem.

A con­gre­gação reg­u­lar dos cristãos tem ain­da a final­i­dade de pro­mover e estim­u­lar o amor fra­ter­nal e a práti­ca das boas obras entre todos (Hb.10.25).

Pre­gação e ensi­no é a segun­da parte da reunião dos cristãos que tem duas final­i­dades: A edi­fi­cação pes­soal de cada cristão par­tic­i­pante e a edi­fi­cação da igre­ja com novas con­ver­sões. A Igre­ja apos­tóli­ca, todos os dias, no tem­p­lo e nas casas, não ces­sa­va de ensi­nar e de anun­ciar a Jesus Cristo (At. 5.42).

A pre­gação tem por final­i­dade pro­duzir fé nos ouvintes; porque a fé vem por ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17). O con­teú­do da pre­gação deve ser sem­pre Cristo cru­ci­fi­ca­do e ressur­rec­to, con­forme o teste­munho de Paulo (1 Co. 2.1,2; 15.3,4). A pre­gação do sac­ri­fí­cio de Cristo visa sem­pre o arrependi­men­to do peca­do, con­forme instruções do próprio Sen­hor (Lc. 24.46–48). A pre­gação de Paulo visa­va a con­ver­são a Deus e a fé em nos­so Sen­hor Jesus Cristo (At. 20.20,21). Só pela con­ver­são o Espíri­to San­to de Deus vem habitar nos corações humanos para Ele poder reinar em suas vidas.

O ensi­no deve con­ter todo o con­sel­ho acer­ca do reino de Deus, con­forme Paulo jus­ti­fi­ca per­ante os pres­bíteros da igre­ja de Éfe­so (At. 20.25–27). Jesus orde­nou que se instru­am os dis­cípu­los a guardar todas as coisas que Ele ensi­nou (Mt. 28.20). O ensi­no deve ser efec­tu­a­do por pes­soas voca­cionadas por Deus, visan­do o aper­feiçoa­men­to dos san­tos para cumpri­men­to do seu min­istério no cor­po de Cristo (Ef. 4.11–14).

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