O Deus Amoroso

Aquele que não ama não conhece Deus; porque Deus é amor.” 1 Jo 4:8

A parábola intitulada “do filho pródigo” deveria ser chamada de “O Deus Amoroso” porque o protagonista principal ali é o pai, que representa a acção de Deus com Seus filhos. Cf. Lc 15. 11–32. Antes desta parábola, o Senhor enunciou duas outras, da ovelha e da dracma perdidas que foram achadas. Depois ensina que há muita alegria no céu, junto de Deus, por um pecador que se arrepende.

Aquele pai ajuntou uma fortuna que ambos os filhos desfrutavam igualmente sem alguma limitação. Porém, um deles decidiu afastar-se da família e fazer a sua vida sozinho. Pediu ao pai a parte a que tinha direito a qual não lhe foi negada. Todavia, longe de casa e dos conselhos sábios do pai, o jovem mancebo depressa arruinou a sua fortuna com as meretrizes e outras más companhias.

Quando despertou para a sua triste situação observou que tinha caído na lama e que sozinho já não tinha possibilidade de recuperar. O homem foi criado para viver em ambiente familiar, e não isolado. Um indivíduo sozinho não encontra apoio em lado algum. Pelo menos devemos procurar integrar-nos numa comunidade espiritual sã onde podemos encontrar pessoas que sejam irmãos espirituais.

O jovem mancebo tomou então a decisão mais acertada da sua vida. Ele resolveu regressar à casa do seu querido pai e desfrutar ali dos prazeres da sua riqueza. E é aqui que se encontra o grande significado da parábola. Apesar daquele filho ter sido ingrato e esbanjador, seu pai jamais deixou de se interessar por ele. Naturalmente preocupava-se pelo seu estado social e físico do querido filho e mantinha diariamente a esperança do seu regresso. O amor verdadeiro jamais acaba nem esfria, ele permanece sempre o mesmo. É assim com Deus porque Ele amor, a fonte do verdadeiro amor.

O pai, quando observou seu querido filho à distância, correu apressadamente para ele e abraçou‑o crivando‑o de beijos paternos. Levou‑o para casa, introduziu‑o na família e ordenou que se fizesse uma grande festa porque um filho que se tinha perdido foi achado. Agora, na casa do pai, estava salvo do pecado e protegido dos amigos interesseiros, que amigos não eram, eram antes devoradores dos bens alheios.

O verdadeiro amigo foi seu querido pai que o recebeu novamente na sua casa, mesmo depois de ter despendido tudo com as meretrizes e os tais falsos amigos. Recordo-me da experiência de Jó com alguns de seus amigos, e do belo conselho aos verdadeiros amigos em Jó 6:14: “Ao que desfalece devia o amigo mostrar compaixão; mesmo ao que abandona o temor do Todo-Poderoso.”

Esta foi a grandiosa acção de Deus a nosso respeito quando estávamos longe dele e desperdiçando a vida no mundo de pecado. Ele recebeu-nos e mandou realizar uma festa no Céu em honra do perdido que foi achado. E nós devemos igualmente realizar uma festa na terra em honra do Pai que recebeu o filho que se tinha perdido.

 

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