Desde muito cedo os cristãos começaram a usar o peixe como um de seus símbolos. Parece que está fundamentado no convite que Jesus fez aos primeiros discípulos: “Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.” Ou, “O reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes.” (Mat. 13:47)

A Igreja primitiva era perseguida, e isso dificultava a identificação dos cristãos. Ninguém podia dizer em alta voz que era cristão. Quando um cristão queria saber se alguém o era também, desenhava meio arco no chão. Se a outra pessoa fosse da mesma fé desenhava outro arco e formava um peixe. Era deste modo que se identificavam sem correr riscos.

 A palavra peixe em grego escreve-se também com cinco letras, assim: ICQUS, e lê-se ‘ichthys’. É formada pelas iniciais de Jesus e seus títulos, e com ela forma-se um acrónimo como se vê abaixo. As cinco palavras formadas pelo acrónimo lêem-se: Iêsus Christos Theou Yios Sôter, que significa ‘Jesus Cristo de Deus Filho Salvador’. Encontramos aqui a principal teologia daqueles cristãos, que aceitavam Jesus como Messias, Filho de Deus e Salvador.

O nome Jesus deriva do verbo hebraico salvar, e define muito bem a função de nosso Senhor nesta terra, Salvador. Comparemos, no hebraico, o nome e o verbo salvar para observar a semelhança: ivwy ­­– iywvy. = nome Yeshua; verbo yoshua.

Cristo é o grego equivalente ao hebraico Messias, aquele que é ungido para uma função superior. O Pai ungiu o filho com o Espírito Santo para a função de Salvador. A expressão ‘de Deus Filho’ expressa claramente a fé deles no nascimento virginal com a contribuição miraculosa de Deus. E Salvador, que é a sua real função como Filho de Deus e Messias.

O Senhor recebeu este nome devido à instrução do anjo enviado com a notícia a José, e este foi obediente. Note-se que naquele tempo não tinham o privilégio de exames os fetos para observar o sexo. Isto prova ter sido uma mensagem divina, reveladora de que seria um rapaz. E, visto que Deus não se pode enganar, nasceu mesmo um rapaz em cumprimento das suas palavras.

Jesus asseverou que veio, não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. E quantos terão sido resgatados durante dois mil anos! Este número é realmente a alegria da sua alma, como escreveu o profeta Isaías. Disse ainda: “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” Alegremo-nos também com o resultado da morte do Senhor.

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