O TRIUNFO DO AMOR

O REINO PREVISTO

 Para estudar sobre o reino de Deus temos de começar no plano divino, tomando como ponto de partida o livro de Génesis. Este livro relata-nos que após a criação do Homem Deus lhe revelara o seu plano: “Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai‑a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” Gn 1:28. Este era o propósito do Senhor quando criou todas as coisas. Tudo pôs sob o domínio do homem ao colocá-lo no Édem.

A partir daí ficou responsável pelo estado da terra. Deus tinha razões específicas para criar o nosso mundo. Em seus propósitos estava o reino dos céus sobre a terra onde tudo contribuiria para honra e glória do Criador. Certamente, todos verificamos como os elementos do cosmos manifestam a glória de Deus. O Homem não deveria faltar à regra por haver sido criado com os mesmos motivos. Ou, não fora ele criado à imagem e semelhança de Deus.

Porém, o astuto Lúcifer veio alterar a situação e transtornar os planos de Deus, separando a criatura do seu Criador. Com arte e meias verdades conseguiu enganar o casal adâmico, que, desobedecendo ao Senhor, perdeu a comunhão existente até ali, sendo ambos expulsos do paraíso.

Lê-se em Génesis 3:15 sobre a revelação do plano divino da redenção com vista à instituição do reino de Deus. “A semente da mulher esmagará a cabeça da serpente”. Eis aqui a declaração de vitória do Criador. Começa, então, a busca de alguém segundo o coração de Deus para concretização do seu plano redentor e institucional do reino. Esse personagem deveria demonstrar sensibilidade e submissão à vontade do seu Senhor a fim de realizar o plano previsto.

Para este efeito foi escolhido Sete, filho de Adão, o qual iniciou a linhagem piedosa. E, depois deste apareceu Enoque, o qual andou com Deus em continuação da família eleita. Em virtude da corrupção existente na época de Noé, Deus preservou este e sua família do grande dilúvio para dar continuidade ao plano. E o Senhor abençoou a Noé e a seus filhos e disse-lhes: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra. E será o vosso temor e o vosso pavor sobre todo o animal da terra e sobre toda a ave dos céus” Gn 9:1,2. Nestas palavras verifica-se o domínio delegado ao homem por parte do Criador Todo-Poderoso para que fosse senhor sobre a terra.

O capítulo doze de Génesis marca o início da eleição divina para a provisão da promessa. Abrão é escolhido e nomeado por Deus para ser uma bênção para todas as famílias da terra. Diz assim: “Ora o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” Gn 12:1–3. E fez Deus um concerto com Abraão dizendo: “ E te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus” Gn 17:8.

Para formar o reino, Deus tem que ser o único a ser adorado e obedecido como soberano. Os deuses do paganismo têm de ser lançados ao lixo como coisas mortas e sem valor.

Sendo Abraão já velho e Sara estéril, ainda não tinham filho seu para o cumprimento do plano revelado. Porém, Deus operou o milagre e Sara recebeu um filho na sua velhice, Isaque, o qual veio a ser a esperança do patriarca. A família de Jacó cresceu e, para vencer a fome existente em Canaã, foi habitar no Egipto onde, após a morte de José, os seus descendentes passaram ao estatuto de escravos. Esse estado durou por quatrocentos anos, até que Deus os libertou pela mão de Moisés.

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