Origem do Nome Protestante

Origem do nome “protes­tante”

O feu­dal­is­mo alemão troux­era mui­ta opressão aos cam­pone­ses, os quais havi­am pedi­do uma refor­ma dess­es abu­sos com base na autori­dade das Escrit­uras. Quan­do Lutero leu os “Doze Arti­gos” dos cam­pone­ses, reivin­di­can­do os seus dire­itos económi­cos e reli­giosos, dirigiu-se aos príncipes dizen­do que o seu pedi­do era jus­to e pediu-lhes para reduzirem os encar­gos do povo. Por out­ro lado, ten­tou con­vencer os cam­pone­ses a serem pacientes. Entre­tan­to, os cam­pone­ses começaram a ficar des­or­deiros e armaram-se para a luta.

Lutero começou a perce­ber que aque­le movi­men­to social podia prej­u­dicar a Refor­ma. Em vista dis­so, pediu aos príncipes para que pusessem fim à des­or­dem. Eles agi­ram com a força e mas­sacraram cer­ca de cem mil cam­pone­ses. Con­sideran­do esta acção uma traição de Lutero, os do Sul aban­donaram-no e per­manece­r­am na Igre­ja Católi­ca. Os príncipes católi­cos cul­param Lutero de ser cau­sador da rebe­lião e proibi­ram a pre­gação da Refor­ma em seus ter­ritórios. Estes acon­tec­i­men­tos obri­garam Lutero a desen­volver uma orga­ni­za­ção e uma litur­gia próprias para os seus adep­tos do Norte.

Na Dieta (Assem­bleia) de Spi­ra, em 1526, foi esta­b­ele­ci­do que os cidadãos de cada esta­do eram livres para seguir a fé que o seu príncipe achas­se cor­rec­ta. Des­ta per­mis­são resul­tou um rápi­do cres­cimento do luteranis­mo. Porém, numa segun­da assem­bleia, na mes­ma cidade, em 1529, com­pare­ce­r­am em maio­r­ia os príncipes católi­cos e, per­ante Car­los V, revog­a­ram a decisão ante­ri­or, declaran­do a Fé católi­ca a úni­ca legal, impedin­do, des­ta maneira, o ensi­no luter­a­no em todos os esta­dos. Os príncipes luter­a­nos rea­gi­ram ime­di­ata­mente, lendo um man­i­festo em que protes­tavam con­tra tal ati­tude. Em vir­tude daque­le protesto, os católi­cos pas­saram a chamá-los de “protes­tantes” até ao dia de hoje.

Con­sideran­do os acon­tec­i­men­tos, Car­los V pediu que lhe apre­sen­tassem uma exposição orde­na­da dos assun­tos em dis­cussão. Esse doc­u­men­to, prepara­do por Melanch­ton, foi apre­sen­ta­do na Dieta de Augs­burg e ficou sendo con­heci­do como a “Con­fis­são de Augs­burg”, a qual pas­sou a reger os luteranos.

Então, os príncipes luter­a­nos reuni­ram-se em Schmal­ka­ld e decidi­ram orga­ni­zar-se para difundi­rem a sua Fé. Esse acor­do é chama­do a Liga de Schmal­ka­ld (1531) cujo propósi­to era resi­s­tir ao prováv­el édi­to impe­r­i­al. O luteranis­mo pro­grediu no Norte, enquan­to o Sul per­mane­cia católi­co. A sep­a­ração de Roma tornara-se então defin­i­ti­va e logo foram esta­b­ele­ci­das novas nor­mas para a orde­nação de futur­os pastores.

As lutas reli­giosas só ter­mi­naram com o acor­do de paz efec­tu­a­do em Augs­burg em 1555. Esse acor­do recon­heceu os mes­mos dire­itos a ambas as partes. Isto é, católi­cos e protes­tantes podi­am seguir a religião do príncipe da sua escol­ha. Aos dis­si­dentes foi recon­heci­do o dire­ito de emi­grar. E muitos o fizeram.

Ler + AQUI

Both comments and pings are currently closed.

Comments are closed.

Translate »