PECADO PARA MORTE

OU PECADO IMPERDOÁVEL

1 João 5:17

Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda a injustiça é pecado; e há pecado que não é para a morte.” 

Questão

Se toda a iniquidade é pecado, qual é o pecado causador de morte e o não causador de morte?

Contexto

1 Jo 5:14,15 – “E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as coisas que lhe temos pedido. 

1 Jo 5:16,17 – “Se alguém vir seu irmão cometer um pecado que não é para morte, pedirá, e Deus lhe dará a vida para aqueles que não pecam para a morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda injustiça é pecado; e há pecado que não é para a morte.

1 Jo 5:18 – “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; mas aquele que nasceu de Deus guarda‑o e o Maligno não lhe toca.” 

 Reflexão

O Antigo Testamento informa-nos destas duas classificações de pecado através dos livros de Levítico e Números, que revelam a cultura hebraica.

Lv 6:4–7 fornece-nos uma lista do pecado cujo praticante não sofria a condenação à morte. Lv 20 fornece-nos a lista do pecado cujo praticante era condenado à morte por apedrejamento. Nm. 21:4–9 dá-nos conhecimento da acção de Moisés após o pecado de murmuração do povo. Ele orou e Deus poupou-lhes a vida. Este pecado não era para morte.

O Novo Testamento informa-nos da nova cultura cristã à luz da doutrina de Cristo. Mateus 5:7 declara bem-aventurados os misericordiosos. Mt 18:15–22 exemplifica essa mesma misericórdia através do conselho e do perdão. 

Nota: Este trecho refere-se ao pecado geral, não somente a ofensas pessoais: Duas ou três testemunhas são exigidas pela lei levítica. Mas, enquanto as sob a lei levítica as testemunhas apedrejavam o pecador, sob a lei de Cristo as testemunhas cristãs conduzem o pecador ao perdão. Caso a sua acção não resulte, devem deixar essa pessoa seguir o seu próprio caminho, v. 17. 

Aqueles dois ou três reunidos sobre este assunto têm prometida a assistência de Jesus, cf. v. 20. Jo 8:1–11 revela misericórdia de Jesus a uma mulher que deveria ser apedrejada até à morte, conforme Jo 8:4,5: “disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?”

Paulo em 1 Co 5:4,5 manifesta a sua atitude concernente ao abusador da mulher de seu pai. Tal pecado merecia a morte segundo a lei, mas o apóstolo prefere entregá-lo aos cuidados de Satanás a fim de ser açoitado e, ainda, ser salvo. 2 Co 2:5–11 deve referir-se à tristeza provocada pela exclusão daquele pecador, o qual os cristãos deveriam agora perdoar e restaurar.

Cristo ensinou que há um só pecado sem perdão, que é resistir ao Espírito Santo. Mateus informa-nos que manter uma atitude permanente de rebeldia contra a acção do Espírito Santo é pecado sem perdão: “Portanto vos digo: Todo o pecado e blasfémia se perdoará aos homens; mas a blasfémia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro.” (Mt 12:31,32).

Conclusão

À luz da lei de Cristo o único pecado que não tem perdão é a rebelião contínua do pecador, que não demonstra qualquer hipótese de arrependimento e mudança. Rejeitar a salvação de Cristo não tem perdão.

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