Quando Deus Opera

Prezados irmãos,  a Paz do Senhor a todos.

Gostaríamos de usar estas linhas para atualizar a situação de saúde da nossa filha, Abigail. Queríamos, contudo, primeiro, contextualizar.

Há algum tempo que desejávamos constituir família. Foram alguns anos de espera, sendo que já tínhamos, inclusive, exames marcados para determinar uma possível infertilidade e posteriores tratamentos. Foi então que Deus nos presenteou com a notícia de que iriamos ter uma menina.

A Abigail nasceu a 29 de agosto com um tumor no braço esquerdo. Após vários exames e uma biópsia, no início de setembro, o diagnóstico do Hospital de São João foi cancro. Um cancro, segundo a oncologista, muito raro, com apenas 50 casos em todo o mundo, denominado fibrossarcoma infantil congénito. A proposta de tratamento seria quimioterapia para reduzir o tamanho da massa e posterior cirurgia, para excisar o restante. A Abigail iniciou, entretanto, uma vacina para a preparar para a quimioterapia.

Assim como não existem palavras suficientes para explicar o momento que atravessamos, também as palavras são escassas para dizermos o quanto estamos gratos pelo número de irmãos em Cristo que lutou em oração por ela e por nós nesse tempo.

Os dias foram passando, enquanto Deus, que controla todas as coisas, foi preparando o caminho para o que havia de fazer. Ao fazer um dos muitos exames a que foi submetida, os médicos perceberam que os gânglios linfáticos da axila do braço onde o tumor estava localizado tinham um tamanho incomum. Suspeitou-se que o cancro poderia estar a espalhar-se. A oncologista marcou uma biópsia aos gânglios e, já que a menina ia ter de estar em jejum e sob efeito de anestesia, estenderam a biópsia ao tumor, para reavaliação. Passadas duas semanas, ainda sem resultados oficiais, a oncologista transmitiu-nos o parecer da patologista: o que viam nesta nova biópsia nada tinha a ver com a anterior. Uns dias mais tarde, recebemos uma chamada telefónica da médica, com uma grande notícia: o diagnóstico tinha sido alterado; o tumor não era mais maligno, mas benigno! A quimioterapia estava fora de questão. Ainda se colocava a questão da cirurgia, mas, na consulta seguinte, a oncologista também excluiu essa possibilidade, afirmando que a massa já tinha praticamente regredido por completo.

Ao falar com a médica pessoalmente, tivemos oportunidade de partilhar a nossa fé e de que acreditávamos que Deus fizera um milagre, o que lhe mereceu o seguinte comentário: “Não posso esperar que façam o meu trabalho por mim, mas se Alguém lá em cima quiser dar uma ajuda eu também não me importo!”.

Glorificamos a Deus pela Sua obra na Abigail e em nós, ao longo de todo este processo, e pela Sua resposta às orações, feitas por crentes, não só em Portugal, como um pouco por todo o mundo. Queremos agradecer, do fundo do coração, a todos aqueles que “adotaram” a nossa filha, nas igrejas a que pertencem, entregando‑a ao Pai em oração. Esta foi, também, a nosso ver, uma amostra do valor da união das igrejas do movimento das Assembleias de Deus em Portugal, quando se juntam, a uma só voz, num só propósito.

Aproveitamos para desejar a todos um 2020 cheio de bênçãos do Pai.

David, Tânia e Abigail Pinto

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