A Educação Hebraica

Ensino heb2Provér­bios 22.6

Instrui o meni­no no cam­in­ho em que deve andar, e até quan­do envel­he­cer não se desviará dele.” 

Questão

Habit­u­a­dos a usar o tre­cho uni­ca­mente no sen­ti­do reli­gioso, ver­i­fi­camos haver muitos afas­ta­dos do cam­in­ho. Estudemos a edu­cação hebraica.
Se ler­mos o ver­sícu­lo ante­ri­or em con­jun­to com o seis encon­traremos out­ro sen­ti­do além do tradi­cional, que nos parece mais correcto:

vv. 5,6 Espin­hos e laços há no cam­in­ho do per­ver­so; o que guar­da a sua alma reti­ra-se para longe deles. Instrui o meni­no no cam­in­ho em que deve andar, e até quan­do envel­he­cer não se desviará dele.

Lit­eral­mente: Instrui a cri­ança de acor­do com o seu cam­in­ho, ain­da quan­do for vel­ho não se apartará dele. Isto sig­nifi­ca for­mação do carác­ter e duma arte a fim de vencer na vida.

Nos tem­pos prim­i­tivos as mães não des­ma­mavam as suas cri­anças senão entre os trin­ta meses e os três anos de idade; e o dia da des­ma­ma era con­sid­er­a­do um dia fes­ti­vo, Gn 21:8, Êx 2:7,9, 1Sa 1:22–24, Mt 21:16. Aos cin­co anos, as cri­anças começavam a apren­der as artes e os deveres da vida sob o cuida­do de seus pais, Dt 6:6,7, 20–25; 11:19. José era chama­do uma cri­ança quan­do provavel­mente teria dezas­seis anos de idade, Gn 37:3.

A princí­pio, a edu­cação hebraica era infor­mal, asse­gu­ra­da pelos pais aos fil­hos no lar, e muito poucos tin­ham esse priv­ilé­gio, por nem todos os pais saberem ler. A edu­cação reli­giosa era tam­bém da respon­s­abil­i­dade dos pais: “ao lev­an­tar, ao deitar e ao cam­in­har” (Dt 11.19; 32.46). Timó­teo apren­deu as sagradas letras na sua meninice (2 Tm 3.15).

No tem­p­lo havia esco­la de sac­er­dotes (1 Sm 1.23–25). E Samuel fun­dou uma esco­la de pro­fe­tas em Ramá (1 Sm 19.18,19). Nos tem­pos de Elias e Eliseu havia esco­la de pro­fe­tas (2 Rs 2.3; 4.38; 6.6).

Nas sin­a­gogas, foi provavel­mente a par­tir do cativeiro babilóni­co que os hebreus se viram obri­ga­dos a fun­dar esco­las. E nos tem­pos do Novo Tes­ta­men­to estavam em funcionamento.

O mod­e­lo de ensi­no do pro­fes­sor judeu era extraí­do do exem­p­lo dado pelo Mestre divi­no, na Bíblia: “Este é o cam­in­ho, andai nele” (Isaías 30.20,21).

O pro­fes­sor sen­ta­va-se num estra­do, de per­nas cruzadas, ten­do à sua frente os rolos da Torá, e os alunos igual­mente sen­ta­dos à sua frente.

Os primários devi­am dom­i­nar várias pas­sagens das Escrituras:

1.  She­ma – Dt 6.4,5

2.  Sub­mis­são – Dt 11.13–21

3.  Vestes – Nm 15.37–41

4.  Hal­lel – Sl 113–118

5.  Cri­ação – Gn 1–5

6.  Sac­ri­fí­cios – Lv 1–8; Lev­íti­co avança­do era des­ti­na­do a inteligên­cias especiais.

7.  Lições sabáti­cas – Quan­do os rapazes atin­giam a idade ade­qua­da reu­ni­am-se na “Casa do Livro” na Sin­a­goga. Aos pés do “Haz­zan” o bib­liotecário, e sob a sua super­visão, prepar­avam as lições.

Os secundários podi­am dis­cu­tir, mais tarde, a Lei com os “Rabis” (Lc 2.41–47).

1.   Saulo de Tar­so apren­deu aos pés de Gamaliel, At 22.3.

2.   Timó­teo devia con­ser­var o que apren­deu aos pés de Saulo (2 Tm 1.13).

A dis­ci­plina era uma com­po­nente do ensi­no. “A vara e a dis­ci­plina dão sabedo­ria, mas a cri­ança entregue a si mes­ma vem a enver­gonhar a sua mãe” (Pv 29.15).

Princí­pio:

Um sábio judeu afir­mou que “aque­le que não ensi­na a seu fil­ho uma profis­são útil faz dele um ladrão”. Este princí­pio con­cor­da muito bem com o de Provér­bios 18.24. E, está claro que a edu­cação mor­ral e reli­giosa entre os cristãos, atual­mente, dev­erá seguir a mes­ma lin­ha de ori­en­tação, preparan­do home­ns e mul­heres para servirem Deus e a Pátria.

Con­sul­tar pági­na de ‘Muitos Ami­gos’

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