A Morte de Cristo

Jesus realizou muitas obras e sinais que não foram escritos pelos seus contemporâneos. Porém, a suprema obra efectuada por Cristo foi a sua morte em substituição dos pecadores. Ele não somente devia morrer por nós, como também ressuscitar para nós. E ainda, ascender ao céu para interceder por nós.

A morte de Cristo é a acção comprovativa do grande amor de Deus pela humanidade caída e corrupta, que o Senhor quer recuperar, mediante a expiação pelo seu sangue, a fim de com ela encetar uma nova e eterna comunhão (Rm. 5.8,11). A sua morte era necessária porque os sacrifícios animais eram imperfeitos e nunca podiam tirar o pecado (Hb.10.4,11).

Porque Deus já não se agradava dos sacrifícios animais em cumprimento de ritual religioso (Hb.10.5–8). Porque ninguém pode remir a seu irmão; a sua redenção é caríssima e os recursos esgotariam antes (Sl. 49.7,8). Porque só um santo como Jesus, com a sua pureza, e justiça, tinha possibilidade de remir a humanidade (1 Pd. 3.18). “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos (Act. 4.12).

A morte de Cristo é de importância capital porque é a mensagem central de toda a Bíblia, como Ele próprio assegurou no caminho de Emaús: “Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! … E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (cf. (Lc. 24.25–27).

Paulo confirma que o ponto central da sua mensagem é a morte e a ressurreição de Cristo (1 Co. 2.2; 15.3,4). O autor de Hebreus destaca a sua oferta sacrificial ao dizer que o sangue de Cristo vertido é melhor do que o de animais para nos purificar de todo o pecado (Hb. 9.14). Pedro, de igual modo, enfatiza o sofrimento do Senhor dizendo que Cristo padeceu uma vez pelos pecados para levar-nos a Deus (1 Pd. 3.18). E João refere que Cristo é a propiciação pelos pecados de todo o mundo e único advogado perante o Pai (1 Jo. 2.1,2).

O Apocalipse é a revelação escrita acerca do valor da morte do Cordeiro de Deus e da Sua vitória final. Jesus apresentou-se a João desta maneira: “Eu Sou o primeiro e o último, e o que vivo e fui morto; mas, eis aqui estou vivo para todo o sempre “ (Ap. 1.18). “E combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis” (Ap. 17.14). Esperamos ansiosamente por esta vitória.

São vários os significados da morte de Cristo:

Primeiro, significa o grande amor de Deus por gente corrupta e desobediente. João 3.16 diz que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único.”

Segundo, significa a prova máxima do amor, tanto do Pai como do Filho (Rm.5.8). Jesus disse que “ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (Jo. 15.13).

Terceiro, significa que Deus fez o máximo para restaurar a comunhão perdida com as suas criaturas pelo cumprimento da Lei que diz: “O salário do pecado é a morte” mas foi o Cordeiro imaculado, oferecido por Deus, quem morreu (2 Co. 5.18,19). De modo que “agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm. 8.1,2).

Quarto, significa que a sua morte na cruz tem por finalidade destruir as inimizades e a parede separadora entre os povos, unindo todos num só corpo para viver em paz em uma nova criação, a família de Deus (Ef. 2.16,17).

A ressurreição de Cristo é a grande vitória sobre a morte. Que Cristo venceu a morte é um facto comprovado. Desde a saída do túmulo até à Sua ascensão foi visto por mais de quinhentos irmãos (1 Co. 15.3–8). As Escrituras estabelecem firmemente o facto da ressurreição. Jesus apelou para as profecias a seu respeito. E, os apóstolos apelam para as suas próprias experiências com o ressuscitado.

A ressurreição do Senhor era necessária porque sem a mesma teria sido um fracasso a sua morte; assim como teriam sido vãos dois milénios de pregação e seria vã a fé nele depositada (1 Co. 15.14,17,18). Era necessária para a nossa justificação, porque se continuasse morto nada mais seria do que os outros grandes líderes, religiosos ou políticos, que permanecem mortos em seus túmulos (Rm. 4.24,25). Era necessária porque Cristo devia desfazer aquilo que Lúcifer consumou no Édem, introduzindo no mundo o pecado e a morte (1 Jo. 3.8).

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