Baptismo no Espírito Santo

Ação do EspíritoO baptismo é prática muito antiga com o significado simbólico de purificação. Assim como a lavagem com água limpa as nódoas do corpo, o baptismo ilustra externamente o que acontece no interior, a purificação do pecado. A primeira menção cristã do baptismo encontra-se em Marcos 1.8 referindo o dito de João Baptista: “Eu vos baptizei em água; ele, porém, vos baptizará no Espírito Santo.”

O Senhor Jesus, antes de ascender ao céu, prometeu cumprir a promessa do Pai de enviar o Espírito Santo sobre todos: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra.” (At 1:8). O crente testemunha de Cristo pelo fruto do Espírito, segungo Gálatas 5:22. Então, na celebração do Pentecostes, os primeiros cristãos tiveram uma experiência invulgar ao receberem a promessa, segundo o relato de Lucas: “E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.” (At 2:4).

Perante aquele facto muitas pessoas acorreram ao local para se certificarem dos acontecimentos, exprimindo admiração e levantando questões. No seu oportuno esclarecimento Pedro disse: “… estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto que é apenas a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne;” (At 2:15–17)… “De sorte que, exaltado pela dextra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” (At 2:33).

Então perguntaram o que teriam de fazer. “Pedro, então, respondeu-lhes: Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a quantos o Senhor nosso Deus chamar.” (At 2:38,39). Quando Pedro e João foram instados a não proclamar o nome de Jesus, os cristãos reuniram-se em oração; “E, tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com intrepidez a palavra de Deus.” (At 4:31).

Visto haver um grande despertamento em Samaria pelo ministério de Filipe, os apóstolos enviaram para lá Pedro e João, a fim de consolidarem a sua fé com a Palavra de Deus, “os quais, tendo descido, oraram por eles, para que recebessem o Espírito Santo”…“Então impuseram-lhes as mãos, e eles receberam o Espírito Santo.” (At 8:15,17). Experiência semelhante aconteceu na casa de Cornélio, soldado romano em Cesareia, que mandara chamar Pedro para ouvir a mensagem de Deus. “Enquanto Pedro ainda dizia estas coisas, desceu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.” (At 10:44). O trecho diz a seguir que estes ouvintes eram gentios e também receberam o baptismo no Espírito Santo com a experiência de falar línguas como no princípio.

Havendo Paulo chegado a Éfeso, encontrou ali alguns discípulos a quem perguntou se já tinham recebido o Espírito Santo. Responderam que não, e eram até desconhecedores dessa doutrina. Paulo, então, “havendo-lhes imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam línguas e profetizavam.” (At 19:6). Este movimento do Espírito começou em Jerusalém para não parar jamais. Durante a história do cristianismo houve sempre despertamentos em vários lugares para manter viva a chama do Espírito Santo.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos Efésios, exprime-se deste modo a respeito do Espírito Santo: “…também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória.” (Ef 1:13,14). O Espírito Santo é acompanhado por dons espirituais e operação de prodígios e milagres, segundo está escrito: “testificando Deus juntamente com eles, por sinais e prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade.” (Hb 2:4).

O baptismo no Espírito Santo confere aos crentes, segundo as Escrituras, o selo de propriedade. Visto que fomos comprados por Cristo, pertencemos a Ele por direito e levamos a sua marca. Ora, este sinal não é outro senão o amor derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que recebemos. (cf. Rm 5:5). Jesus tinha dito anteriormente: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” (Jo 13:35). O mesmo Espírito confere ainda os dons espirituais para edificação da igreja, repartindo a cada um segundo o seu critério. (cf. 1 Co 12:4–11). Por conseguinte, procuremos o baptismo no Espírito Santo e os dons espirituais que melhor se adaptam a nosso carácter e função no corpo de Cristo.

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